O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, liderados por Roberto Campos Neto(foto/reprodução internet) iniciou, nesta terça-feira, uma reunião crucial para decidir a nova taxa Selic. A projeção do mercado indica um aumento da taxa básica de juros, passando de 10,75% para 11,25%, com uma elevação de 0,50 ponto percentual. No entanto, as incertezas giram em torno do teor e da tonalidade do comunicado que será lançado após a reunião, previsto para amanhã, por volta das 18h30. Economistas, como Leonardo Costa, do ASA, acreditam que a mensagem será tão incisiva quanto a anterior, mantendo um tom neutro.
A questão central é se o Copom irá sinalizar uma perspectiva de altas adicionais superiores a 50 pontos-base nos encontros futuros. Especialistas alertam que dados robustos de crescimento e uma inflação em alta justificam essa aceleração no aperto monetário. Fatores externos também intensificam essa pressão. A instabilidade política nos EUA, os desafios econômicos na China e o crescente risco geopolítico no Oriente Médio impactam diretamente o cenário econômico brasileiro, elevando o valor dos ativos, inclusive o dólar. Além disso, a falta de uma política fiscal que limite os gastos, obriga o Copom a estar mais atento às suas decisões. O último Boletim Focus, mostra que as expectativas de inflação continuam a se deteriorar, acentuando a necessidade de cautela nas decisões futuras do comitê.
