É comum aos economistas fazerem uma correlação explosiva da relação dívida pública com o PIB para alertarem o deslocamento desse nível no Brasil (hoje em torno de 78%) para o que ocorrerá após a explosão de despesas e brutal queda do PIB no ano corrente (podendo atingir 90%), em face das medidas para atenuar os efeitos da pandemia do coronavírus. Essa marca dos 90%, segundo os laureados economistas K. Rogoff (foto) e C. Reinhard dissecaram em um artigo, leva-nos a crer que o crescimento econômico desacelera quando a relação dívida/PIB a supera. Mas eles não conseguem explicar como antes da crise, o Japão possuía, o índice de 238%, enquanto os Estados Unidos, tinha esse índice ao redor de 107%. E não parece que aquelas economias entraram em parafuso por esse motivo. Ao fim e ao cabo, chego à conclusão de que tudo isso não passa de chute, ao sabor do viés político do economista que profere a sentença.
Economista gosta de brincar com números
