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Blog do PCO

Equilíbrio fiscal ameaçado

 Em Brasília, o cenário é complicado, especialmente após a recente queda na popularidade do presidente Lula. Em um momento em que a equipe econômica, liderada pelo ministro Fernando Haddad (foto/reprodução internet), se esforça para reduzir o déficit público, o apelo por aumento de gastos soa como um gesto de desespero. Recorrer ao populismo tem sido uma estratégia comum entre líderes latino-americanos diante da perda de apoio popular, porém, o espaço fiscal para novos gastos é praticamente inexistente. 

 Apesar da celebração de uma receita robusta em janeiro, o crescimento das despesas foi, em termos reais, quase duas vezes maior que o da receita, uma dinâmica insustentável a longo prazo. O déficit nominal atual se assemelha ao registrado durante a pandemia, período em que as despesas com juros giravam em torno de R$ 315 bilhões ao ano, enquanto atualmente essa cifra alcança aproximadamente R$ 745 bilhões ao ano. Esta situação explica a elevada taxa de juros projetada para os títulos NTN-B, superior a 5,5% ao ano, um nível considerado insustentável para a economia no longo prazo.

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