O foco principal dos debates nessa terça-feira (14) na abertura do V Fórum Empresarial do Mercosul, que termina hoje em BH, foi sobre os negócios em que os países do bloco econômico do Mercosul devem atuar. Isso com o pensamento na integração de cadeias produtivas. De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Armando Monteiro Neto (foto), é preciso aprofundar o processo de integração produtiva e comercial do bloco que é fundamental até para a sustentação do próprio bloco. “Esse Fórum empresarial é um instrumento valioso para dar a essa relação a dinâmica que nós esperamos”, ressalta o ministro. Para Monteiro o Brasil, sobretudo neste momento de transição, identifica que o comércio exterior é um canal importante para retomar o crescimento da economia brasileira. “Vamos poder oferecer, até a curto prazo, uma perspectiva de compensarmos o efeito dessa retração no mercado doméstico. Isso porque a exportação e o comércio são formas de contratar uma demanda externa. Portanto quanto maior a presença do Brasil, especialmente na medida que o país se integra mais nesta rede de acordo internacionais, melhor os acessos dos produtos brasileiros a esses mercados e isso vai se constituindo num elemento muito importante no vetor de crescimento da economia brasileira”, comenta o ministro.
Mercosul e União Europeia iniciam negócios ainda este ano
O ministro Armando Monteiro comentou ainda que a meta do Mercosul, para este ano é ambiciosa: Iniciar as trocas de ofertas comerciais entre Mercosul e a União Europeia. Um passo muito importante no fortalecimento do bloco. “Estamos muito próximo de finalizar oferta comum do bloco. O maior desafio é harmonizar essa oferta dentro do próprio bloco já que temos países com realidades econômicas diferentes”, destaca Monteiro. Ele comentou que há cerca de três meses em Bruxelas, em reunião com representante do comissariado europeu, Cecília Mauma, foi feito um comunicado – divulgado tanto do lado do Mercosul quanto da União Europeia- de assumir o compromisso de iniciar as trocas ainda este ano. “Estamos muito animados em iniciar a troca de ofertas. Estamos exportando maior volume este ano, um aumento físico de quase 8%. Não estamos com desempenho melhor porque os preços de venda de alguns produtos caíram no mercado internacional. Temos certeza de que fecharemos o ano com superávit expressivo. Temos sentindo que as empresas brasileiras voltaram a colocar a exportação no seu radar, no seu planejamento”, comenta Monteiro.