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Governo Bolsonaro começa perdendo receita

Paulo César de Oliveira
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A retomada de uma alíquota menor da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre o setor financeiro em 2019, de 20 para 15%, fará o governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, iniciar o mandato com perda de arrecadação. Executivos do setor bancário calculam que, com a volta da alíquota anterior, a perda líquida de arrecadação do governo federal deve ficar em torno de cinco bilhões de reais. Pelas estimativas, só o lucro conjunto das cinco maiores instituições financeiras do país (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal e Santander Brasil) deve subir ao redor de 17% neste ano, para cerca de 83 bilhões de reais. Aprovado em 2015, no governo da presidente Dilma Rousseff, o aumento da alíquota, de 15 para 20% entrou em vigor 1º de setembro daquele ano e vale até 31 de dezembro próximo, envolvendo bancos, seguradoras, administradoras de cartões de crédito, corretoras de câmbio, entre outras. Com a volta para o patamar anterior, só o grupo dos cinco maiores bancos representaria uma perda de aproximadamente 4 bilhões de reais em arrecadação. Mas com a ativação de créditos fiscais, prática frequente no setor, o montante líquido acaba sendo menor. Nas estimativas de Receita Federal para 2019 (PLOA), o impacto do retorno da CSLL para 15 por cento no setor financeiro será de 2,7 bilhões de reais. A perda deve ampliar o desafio do economista Paulo Guedes, apontado por Bolsonaro como próximo ministro da Fazenda, que prometeu zerar o déficit primário do governo federal já no primeiro ano do governo.

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