A regulamentação do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) pelo governo federal nesta segunda-feira, impõe ao governo de Minas um calendário apertado para tomar decisões cruciais sobre seu patrimônio. Com dívida estimada em R$ 170 bilhões, o estado tem até o fim de outubro para sinalizar se pretende ceder ativos como Cemig, Copasa e Codemig à União, em troca de abatimentos na dívida e redução de juros. Caberá à gestão Romeu Zema (foto/reprodução internet) articular, ainda neste semestre, a tramitação de uma lei autorizativa na Assembleia Legislativa, além de projetos específicos que viabilizem a federalização dessas estatais.
A movimentação ocorre em meio ao esforço do governo mineiro de manter articulação política também em Brasília, onde tenta reverter vetos ao programa sancionado por Lula. A adesão ao Propag é vista como a principal alternativa para que Minas saia do Regime de Recuperação Fiscal e tenha margem para ampliar investimentos em áreas como educação e segurança.