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Hotéis se adaptam à nova realidade 

O mundo nunca mais deve voltar a ser o mesmo de antes da pandemia. As pessoas, pelo menos, não. Muitas coisas, antes consideradas essenciais, atualmente perderam a importância ou o sentido. A convivência, a família, o bem estar entraram no topo das prioridades. Com as restrições impostas pela Covid-19, um final de semana em um bom hotel tem sido a alternativa de casais e famílias para sair da rotina. Entender as necessidades desse momento tem sido essencial para garantir a hospedagem dentro das normas sanitárias e das necessidades das pessoas segundo Rodrigo Magerotti, gerente geral dos hotéis Novotel BH Savassi e Ibis Budget Bh Savassi. Esse entendimento está trazendo de volta o movimento nos hotéis, segundo Magerotti (foto), que já identificou o aumento da demanda.

O que está motivando os investimentos do grupo em Belo Horizonte?

Nós temos 15 hotéis em Belo Horizonte região metropolitana e, na verdade, nós consideramos que o ciclo de desenvolvimento hoteleiro é mais longo do que uma análise do momento. O nosso plano de desenvolvimento não mudou. Houve uma alteração no “time”, mas não mudou em termos de desenvolvimento e de oferta para o mercado. Um projeto como esse vem sendo pensado há muito tempo, principalmente uma marca como o Novotel, que é o primeiro do estado. Nós não tínhamos a marca do Novotel em Minas Gerais e é uma oferta que qualifica a oferta da Accor em Belo Horizonte. Aliado a isso, nós lançamos um produto que tem o Ibis Budget junto com o Novotel. Se o cliente pensa em custo, em um hotel mais conectado com a cidade ele vai para o Ibis Budget, se ele quer algo superior, mais elegante e glamoroso, ele vai para o Novotel.

A ocupação dos hotéis em Belo Horizonte compensa o investimento?

Nós já percebemos uma evolução na ocupação. É claro que a ocupação é diretamente proporcional ao aumento da vacinação. Nós acreditamos cada vez mais, que com o avanço do plano de vacinação, teremos um aumento do fluxo de turismo. Nós aproveitamos esse momento de transição para preparar os nossos produtos para quando a retomada acontecer, nós estarmos prontos para atender a esse mercado. A grande estratégia é estarmos prontos para esse desenvolvimento.

As pessoas buscam experiência diferentes, inclusive em relação as hospedagens. Como modernizar essa relação?

Hoje em dia, com a restrição e com o medo de viajar, passar um final de semana em um hotel, levar as crianças para fazer algo diferente, lembrando que nós temos todos os protocolos de segurança. Hoje temos um programa, o AllSafe, que nos traz vários protocolos de segurança e faz com que as pessoas passem um final de semana tranquilo. Que venham do interior ou mesmo da capital para passar um final de semana diferente e que têm um final de semana completamente diferente do tradicional. Nós acreditamos que a área de lazer será a primeira a se recuperar e os eventos coorporativos devem ser retomados aos poucos.

Governo e empresários devem trabalhar juntos para retomar o turismo?

Sem dúvida. Quanto mais próximo o Estado estiver do setor privado, melhor é. Isso já vem acontecendo. Nós temos feito trabalhos compartilhados com a Belotur, com a Secretaria de Estado de Turismo e estávamos no caminho certo.

Como está o comportamento do hóspede? O que ele busca?

Ele busca segurança. Antigamente ele buscava a união do business com lazer. O hóspede vai permanecer, às vezes com mais uma diária curtindo a cidade de Belo Horizonte ou vai ficar dois ou três dias trabalhando e depois volta com a família para passear na cidade. Nós acreditamos que a tendência é a de ter menos viagens, com tempo de permanência maior. Nós nos preparamos para isso, além das parcerias com executivos locais, que vão fazer todo esse trabalho, até os pacotes que estamos preparando pós pandemia.

A partir do segundo semestre já deve ocorrer uma retomada no setor?

Acho que nunca vamos voltar ao normal. As relações serão sempre fundamentais, mas não trabalhamos com prazo. Percebemos a retomada desde já, desde que tenha segurança nesse acolhimento. Nosso plano AllSafe é justamente sobre isso. Desde que o turista siga os protocolos da prefeitura, estaremos preparados para receber dentro desses protocolos.

O turista estrangeiro vai demorar um pouco mais a voltar ao país. Como atrair o brasileiro para fazer o turismo interno?

Nós estamos falando de um volume de viajantes ativos maior do que o continente. Nós precisamos nos valorizar. Temos a melhor gastronomia da América Latina. Nós temos cases de arte apreciados por países europeus. Nós temos também o turista do estado para fazer uma viagem cultural, gastronômica. Nós temos muitos caminhos e muitos produtos.

Quais os melhores períodos para o setor. Belo Horizonte teve um impulso no Carnaval, mas agora, não se sabe como vai ficar?

Belo Horizonte, diferente de uma cidade praiana, que normalmente tem movimento no verão, tem capacidade se ser multi estação. No outono/inverno a beleza do nosso horizonte é fora do comum. O nosso horizonte, com o céu sempre azul, eventos ao ar livre, tem a beleza cênica da cidade e no entorno dela também temos muitas coisas a serem feitas, como um passeio de bike, ou ficar em uma das muitas pousadas charmosíssimas na nossa microrregião. Temos muitas coisas para serem feitas. Quando falamos de grandes eventos como o Carnaval, temos o movimento de um público mais jovem, que nos últimos anos vem do interior e de outros estados para cá. Estamos preparados em qualquer estação do ano.

O que a rede Accor tem a oferecer?

Temos uma oferta muito diversificada, que vai desde a marca Novotel, que tem um nível superior, até o Ibis Budget, que é um hotel supereconômico. Temos ofertas para todos os bolsos. Temos ofertas para todas as localizações. Temos hotéis em Betim, em Contagem, em Belo Horizonte, temos uma oferta bem diversificada e temos a segurança sanitária, blindando o hóspede da possibilidade de contágio, em um momento tão traumático como o que nós estamos vivendo.

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