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Importações do setor têxtil caem, mas produção não reage

Paulo César de Oliveira
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O Sinditêxtil-SP (Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo) divulgou os números do setor têxtil e de confecção paulista coletados durante o primeiro bimestre deste ano. Segundo o levantamento, apesar de as importações de têxteis e confeccionados no estado de São Paulo terem diminuído 29,85% em valor (US$), passando de US$ 351,9 milhão para US$ 246,8 milhão, no primeiro bimestre deste ano, se comparadas ao mesmo período do ano passado, a produção física do segmento têxtil e de confecção não reagiu e teve queda de 20,4% e de 9,8%, respectivamente, em janeiro e fevereiro de 2016. Apesar do câmbio favorável, as exportações de janeiro a fevereiro deste ano recuaram 3,93% em valor (US$), passando de US$ 41,9 milhões para US$ 40,3 milhões. No entanto, em volume, houve um crescimento de 4,8% nas toneladas em relação aos embarques de jan/fev de 2015. Portanto, somente a queda acentuada nas importações foi a responsável pela redução do déficit na balança comercial, passando de US$ 309,9 milhões negativos para um déficit 33% menor (US$ 206,5 milhões negativos). Alfredo Bonduki (foto), presidente do Sinditêxtil-SP, alerta que, os números mostram a péssima situação em que se encontra a economia brasileira. Ainda segundo o presidente do Sindicato, talvez haja uma estabilidade no segundo semestre, a depender do cenário político, lembrando que, no comparativo entre 2014 e 2015, as empresas têxteis (não inclui confecções) tiraram o pé do acelerador e reduziram 31% os investimentos.

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