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Jose Fernando Coura assume mais um mandato no Sindiextra de olho no mercado internacional

O presidente do Sindiextra, José Fernando Coura, assumiu ontem mais um mandato à frente da entidade, eleito por unanimidade pelos associados e dirigentes, em um momento difícil para o país, em especial para a indústria mineral. Coura entende que a competição internacional é intensa e enquanto o mundo está atraindo investimentos, o país está perdendo oportunidades. Minas Gerais, segundo ele, compete com o mundo, em especial com Austrália, Chile, Colômbia, Canadá, África do Sul e também com alguns estados brasileiros, como Goiás e Bahia, que estão com programas de mineração muito arrojados, além do Pará, onde o setor mineral tem crescido fortemente. Para o líder empresarial, a situação brasileira se reflete em toda a indústria. “É preciso buscar competitividade e Minas, particularmente, sofre pela sua própria história, pois as cidades estão dentro das minas, e isso é mais um agravante nos custos, pois traz a necessidade de se avançar tecnologicamente”. Apesar dos problemas e talvez em razão deles, Coura frisa que Minas Gerais está na vanguarda da tecnológica da atividade. Os melhores centros de tecnologia mineral estão em Minas Gerais, um setor que emprega 230 mil pessoas.

 

Impacto da Cefem

Os novos valores da Compensação Financeira de Exploração de Recursos Minerais, a Cefem, que estão sendo discutidos no Congresso Nacional. Uma das principais mudanças proposta na Medida Provisória que trata do marco da mineração, é o aumento da alíquota da Cefem que vai variar entre 2 e 4% e isto é uma preocupação a mais para os empresários do setor mineral. Fernando Coura entende que este é um grande desafio, porque afeta particularmente os minérios de Minas, que são de mais baixo teor e por isso, exigindo mais investimentos em tecnologia para melhorar seu teor, ficando em desvantagem em relação ao minério de Carajás, que é extremamente rico. A preocupação maior é em relação a indústria siderúrgica, que ficará menos competitiva. As reclamações dos prefeitos, que querem mais recursos, fazem parte do jogo, segundo Coura, que diz ter muitos amigos prefeitos e ser neto de prefeito. Para ele, o grande problema é que o país tem uma alta carga tributária e como o assunto foi definido por Medida Provisória, isso quer dizer que faltou diálogo. Mas o maior desafio do país não é nem a questão tributária. Para Coura, a violência é a maior preocupação atualmente.

 

Samarco

O que aconteceu com a Samarco, em Mariana, segundo Fernando Coura, foi um acidente de engenharia e os culpados devem ser punidos. Manter a empresa fechada, no entanto, é perenizar o problema. O processo é lento e responsabilização não significa matar a empresa. Coura aproveitou a sua posse, ontem no Museu de Mineralogia, para reivindicar uma Secretaria de Estado específica para o setor.

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