A interferência do presidente Lula na Petrobras está tendo um custo alto para a estatal e esse foi o motivo da reunião ontem entre os presidentes Lula, e o da Petrobras, Jean Paul Prates (foto/reprodução internet). O último balanço da petroleira, que decidiu não distribuir dividendos extraordinários a acionistas por orientação de Lula a seus conselheiros votantes, fez com que as ações da empresa despencassem. Para agravar ainda mais a situação, o presidente Lula disse, em entrevista ao SBT, que a “Petrobras tem que pensar nos 200 milhões de brasileiros, que são os donos da empresa, e não apenas nos acionistas”.
A estatal teve um lucro líquido de R$ 31,04 bilhões no quarto trimestre de 2023, uma queda de 28,4% frente aos R$ 43,34 bilhões registrados no mesmo período de 2022. Já no ano inteiro de 2023, o lucro líquido foi de R$ 124,6 bilhões, o segundo maior da história da empresa. Mesmo assim, o Conselho de Administração decidiu não aprovar a distribuição de proventos extras, por ordem expressa de Lula. Na saída da reunião, Jean Paul Prates falou que Lula não deu ordem sobre os dividendos. Aliados de Lula garantem que a crise gerada em torno dos dividendos seria devido as desavenças entre Prates e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.