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Blog do PCO

Manutenção da Selic em 13,75% decepciona

A decisão do Copom de manter a taxa Selic em 13,75% desagradou empresários, governo e analistas econômicos. Para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto/reprodução internet), presidente do BC, e os oito diretores, a conjuntura atual é de um processo mais lento de redução de preços e expectativas de inflação ainda “desancoradas”, ou seja, distante do cenário considerado ideal para o nível de preços. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, avalia que a manutenção da taxa básica de juros apenas impõe riscos adicionais para atividade econômica e “esperamos que, com a continuidade do movimento de desaceleração da inflação, o Copom inicie já na próxima reunião o tão necessário processo de redução da Selic”.

Mais repercussão

Na Fiemg, a decisão “destoa do processo de arrefecimento da inflação observado nos últimos meses: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 2,95% de janeiro a maio, valor abaixo dos 4,78% observados no mesmo período de 2022. Além disso, a redução dos preços de combustíveis e a concessão de descontos temporários em automóveis novos apontam para uma deflação em junho. As expectativas de inflação também demonstram uma tendência de declínio tanto para 2023 quanto para os próximos anos”. A decisão é encarada com preocupação pela entidade empresarial.

No mundo a percepção é outra

Os bancos centrais do mundo subestimaram a inflação no ano passado e agora tentam não repetir o erro. Em países ricos, os banqueiros centrais estão elevando acentuadamente as previsões de inflação, apontando novos aumentos nas taxas de juros e alertando os investidores de que as taxas de juros permanecerão altas por algum tempo. Alguns colocaram de lado planos para manter as taxas de juros inalteradas. Com aproximadamente um ano de campanha contra a alta inflação, os formuladores de políticas estão longe de declarar vitória. Nos EUA e na Europa, a inflação subjacente ainda está em torno de 5% ou mais, mesmo com os preços de energia e alimentos caindo. Em ambos os lados do Atlântico, o crescimento salarial estabilizou-se em níveis elevados e mostra poucos sinais de declínios constantes.

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