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Momento de trégua

Paulo César de Oliveira
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A notícia de que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto/reprodução internet), sairá de férias a partir de hoje, trouxe alívio para a equipe econômica comandada pelo ministro Fernando Haddad. A expectativa é a de que a ausência, mesmo que momentânea, de Campos Neto, freie a língua do presidente Lula, que fez o dólar disparar com as críticas direcionadas ao presidente do BC, e com isso, o mercado volte a se acalmar. Mesmo porque, quem irá assumir a presidência do BC é o diretor Gabriel Galípolo, que fica no comando o dia 19. Ontem o dólar já teve uma queda acentuada, após a conversa de Lula e Haddad que fez mudar o discurso do governo sobre câmbio e controle de despesas.

Pegue leve

Na reunião de ontem com o presidente, Haddad e um grupo de economistas que participam do governo federal alertaram o mandatário da possibilidade de uma forte alta na inflação em decorrência da disparada do dólar. Isso porque a moeda norte-americana exerce influência sobre a compra de produtos e itens importados. Lula, que foi aconselhado a pegar leve contra Campos e contra o mercado, ouviu do grupo que, caso prossiga com um tom muito agressivo, o efeito causado pela alta do dólar durante um tempo prolongado poderia ter o efeito contrário, já que uma alta na inflação iria impactar a população mais vulnerável, deixando o petista encurralado, com uma possível queda na popularidade e margem pequena para atuação.

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