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O desemprego aumenta em janeiro

Paulo César de Oliveira
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Brasil iniciou o ano com alta na taxa de desemprego para o maior nível em cinco meses e elevação no número de desempregados, em um movimento sazonal de dispensa após as contratações de final de ano, com persistência da informalidade. A taxa de desemprego brasileira foi a 12% no trimestre encerrado em janeiro, contra 11,6% nos três meses até dezembro, de acordo com os dados divulgados nessa quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a taxa mais baixa para o primeiro mês do ano desde 2016, mas chegou ao patamar mais elevado desde o trimestre encerrado em agosto (12,1%) depois de oito meses seguidos de quedas e um de estabilidade. “O resultado era um movimento esperado dado o nível de atividade no país e o alto nível de informalidade”, disse o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo (foto). “É um movimento de dispensa de temporários, administração pública e outros. O que poderia era a conjuntura surpreender, mas não é o que vimos”, completou.

 

Os desalentados diminuíram

O número de desempregados no país teve alta ao chegar a 12,669 milhões entre novembro e janeiro, depois de ter terminado o ano passado em 12,195 milhões. No mesmo período de 2018, eram 12,689 milhões de desempregados. Já o número de desalentados, ou a quantidade de trabalhadores que desistiram de procurar uma vaga, foi a 4,716 milhões, de 4,706 milhões no trimestre até dezembro. O contingente de pessoas ocupadas atingiu 92,547 milhões, sendo que o emprego formal continua em decadência, em uma economia que ainda sem fôlego expressivo, embora a expectativa seja de melhora progressiva. O emprego com carteira assinada teve recuo nos três meses até janeiro com 32,916 milhões de pessoas, de 32,997 milhões no trimestre até dezembro, além de queda de 1,1% sobre o mesmo período de 2018.O IBGE informou ainda que o número de pessoas sem carteira assinada no setor privado atingiu 11,307 milhões, um aumento de 2,9% sobre o mesmo período do ano anterior. Já o rendimento médio do trabalhador foi de R$ 2.270 nos três meses até janeiro, contra R$2.256 no trimestre até dezembro e R$ 2.251 reais no mesmo período de 2018.

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