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O futuro do setor sucroenergético

O setor sucroenergético teve nos últimos dois anos um crescimento muito forte e conseguiu se adaptar de forma muito rápida, segundo o presidente da Siamig, Mário Campos (foto). Já 2021 tem sido um ano desafiador, segundo ele, pois desde o segundo semestre de 2020 tem ocorrido pouca chuva, um clima mais seco, com um efeito prejudicial na produção de cana de açúcar, o que afetou nos preços. Além da seca, os produtores também foram surpreendidos nos últimos 20 dias com três geadas, que também afetaram a produção de cana de açúcar. Ainda não se tem um levantamento dos estragos no setor causados pela questão climática. Apesar destes problemas o setor, segundo Mario Campos, tem evoluído de forma sustentável e a tendência é a de avançar nesse sentido, principalmente depois da eleição de Joe Biden, nos Estados Unidos, quando a questão ambiental foi retomada e ficou mais forte. O Brasil também mudou o seu discurso e anunciou a neutralidade climática para até 2050, o que significa trabalhar para diminuir a emissão de poluentes na atmosfera. Para ele, é preciso ter um olhar para o encontro da Cúpula de Líderes sobre o Clima, que vai acontecer em novembro em Glasgow, na Escócia, quando serão tomadas decisões para melhorar o clima no planeta. Ele lembra que o setor sucroenergético tem uma série de produtos além do açúcar e do etanol, inclusive 19% da matriz energética, o que é muito significativo e que tem forte impacto na economia brasileira. Nos últimos anos, esse avanço está estimulando a retomada de algumas empresas que tinham fechado as portas. Mario Campos falou na Terceira Edição do Conexão 20/21, que muitas dessas empresas estão reativando as suas operações. Em 2020 houve reabertura de duas unidades no Triângulo Mineiro- passou de 34 para 36 unidades- produzindo e outras já estão se movimentando, devido as oportunidades oferecidas pelo setor. “Estamos recuperando esse segmento, gerando emprego e renda para os pequenos municípios onde elas estão instaladas”. Segundo ele, 2/3 da produção de açúcar é exportado, o etanol é produzido para o mercado interno e tem uma participação muito significativa no mercado de combustíveis, além da produção de energia. Campos cobra do governo a modernização da legislação para que o setor seja reconhecido e valorizado. “Produzimos 660 toneladas de cana de açúcar, com a geração de 770 mil empregos. Direta e indiretamente são mais de 2 milhões de empregos, inclusive do frentista do posto de combustíveis”. 

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