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Blog do PCO

O futuro do turismo e do entretenimento

O turismo foi um dos setores que mais sofreram durante a pandemia da Covid-19. Bares e restaurantes fecharam as portas, hotéis ficaram à mingua e festas, formaturas, encontros, seminários, debates, tudo foi cancelado. Desde 2020, os que sobreviveram vem se reinventando e tentando driblar os problemas que surgem a cada nova cepa da doença. A realidade desse setor, que é um dos mais movimenta a economia da capital mineira esbarra, muitas vezes, na falta de ação e de decisões rápidas por parte do poder público. Essa situação foi tema do Conexão Empresarial de fevereiro, evento promovido pela VB Comunicação e conduzido pelos jornalistas Paulo Cesar Oliveira e Fabiano Frade. Um dos questionamentos feitos pelo Blogdopco é em relação a forma como a doença continua sendo tratada, mesmo depois da vacinação da população. A pandemia perdeu a força e a mortalidade, afetando, principalmente, os que não se vacinaram. A pandemia se tornou uma gripezinha e a pergunta que fica no ar é a se vale a pena sacrificar o Carnaval em função dos que não se preocupam com a imunização. Participaram da discussão o secretário de Cultura e Turismo de Minas, Leônidas Oliveira, do presidente da ANR e Restaurante Pobre Juan BH Shopping, Cristiano Melles; a jornalista e diretora de Comunicação da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-MG), Patrícia Coutinho; e o secretário de Turismo de Juiz de Fora, Marcelo do Carmo. O evento teve o patrocínio da Anglo American, da Drogaria Araujo, da Rede de Saúde Mater Dei e Usiminas. 

Pandemia, turismo e política

Dados do IBGE indicam que o turismo em Minas Gerais cresceu o dobro da média nacional, segundo o secretário de Estado da Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira (foto), que participou ontem da live do Conexão Empresarial sobre Turismo e entretenimento. Ele estava na cidade São Tiago, reunido com prefeitos da região, que também acompanharam o debate sobre turismo e entretenimento. Após o período mais crítico da pandemia da Covid-19, segundo ele, a rede hoteleira chegou a ter 90% de ocupação, como em Tiradentes, onde ele relatou ter enfrentado, inclusive, dificuldade em encontrar pousada recentemente. As paradas pontuais que aconteceram com as novas cepas da Covid e alguns problemas pontuais como o acidente em Capitólio tiveram impacto no setor, mas a retomada está acontecendo. Belo Horizonte também tem r voltado a sua rotina de maneira gradual, em alguns hotéis como o da empresária Érica Drumond, a ocupação chega a 70%, segundo relato da empresária a ele. Para Leônidas Oliveira, o momento serviu para que o turista se voltasse mais para o interior do estado, para saborear a cozinha mineira, buscar por cachoeiras e a tranquilidade do interior. Já o setor de eventos, em especial em Belo Horizonte, continua sofrendo muito e é preciso encontrar uma saída para que a cidade retome as atividades. No interior, ele disse ter percebido eventos com lotação total, uma situação bem diferente da de Belo Horizonte. Para Leônidas Oliveira é preciso dar um recado para a população de que a vacina funciona e as internações têm mostrado isso, com os casos de óbito ocorrendo entre os não imunizados. Ele também critica o fato de que o Carnaval vai acontecer em eventos privados, mas os movimentos nas ruas foram cancelados. Mas não se sabe, ainda, como as autoridades vão impedir que as pessoas vão para as ruas brincar durante o Carnaval. Leônidas entende que não se pode ficar refém dessa situação. Belo Horizonte se tornou uma cidade triste, segundo Leônidas Oliveira, com os bares fechados e as ruas vazias. A cidade sempre foi forte em relação ao turismo de negócios e a cidade precisa ser repensada. A situação começou a mudar já no ano passado e Minas Gerais bateu todas as praias, em relação de procura pelos turistas, ultrapassando, inclusive São Paulo. O secretário considera a rede hoteleira de Belo Horizonte é fantástica, com um turismo cultural muito intenso, tanto que já foi a capital dos bares. Para ele, é preciso encarar com clareza os modelos que já estão ultrapassados e buscar eventos que tragam pessoas para o estado. As pessoas quando vem a Minas, segundo Leônidas, procuram a mineiridade. Por outro lado, ele critica a exploração política que tomou conta desse período e falou que a pandemia foi comandada pelo medo, com grupos políticos contra a vacina e outros a favor da vacina. A Ômicron, segundo ele, está também tendo uso político e essa politização tem atrapalhado a regular o mercado. A Secretaria de Cultura e Turismo chegou a lançar o “selo seguro”, com máscara e álcool gel, mas lamenta que pessoas que não tomaram a vacina acabam prejudicando toda a sociedade. A máscara não cai, segundo ele, por questões políticas. (Foto reprodução internet)

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