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O setor de serviço também despenca

Paulo César de Oliveira
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As atividades do setor de serviços continuam em queda. Em todo o país, em dezembro, o volume de serviços recuou 5% na comparação com o mesmo período de 2014, um pouco menos do que em novembro (6,4%) e outubro (5,8%) A informação foi divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Março foi o único mês de 2015 com desempenho positivo. No ano e no acumulado de 12 meses, as perdas atingem 3,6%. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), entre os cinco setores investigados para compor o indicador, o item outros serviços teve a maior queda: 10%. Em seguida, estão os serviços profissionais, administrativos e complementares (-8,8%), serviços de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correios (-6.7%), além de serviços prestados às famílias (7%).Já o desempenho do segmento serviços de informação e telecomunicação teve um resultado um pouco melhor: -0,4%, depois de quedas de 4,3% em novembro e 3,2% em dezembro. O movimento é reflexo do crescimento de serviços em tecnologia da informação: 8,2%.

 

Desaquecimento vem desde 2014

Com os dados de dezembro fechados, o IBGE constata o “desaquecimento do setor entre 2014 e 2015, com reduções seguidas das taxas de crescimento de volume, atingindo -5,7% no 4º trimestre de 2015”. O índice é o menor nessa comparação, indica a pesquisa. A receita nominal do setor serviços aumentou 0,3% em dezembro em relação a dezembro de 2014, depois de cair 0,9% em novembro e 0,4% em outubro. A taxa acumulada da receita nominal, no período de um ano e também no de 12 meses, subiu 1,3%. Entre as regiões, na comparação entre dezembro de 2015 e de 2014, o resultado do setor é positivo em Roraima (12,6%), Mato Grosso (10,5%) e Rondônia (3%). Já em as menores taxas foram identificadas no Amapá (-16,8%), Maranhão (-13,8%) e na Bahia (-12,7%).

 

Inflação acelera em fevereiro

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou em fevereiro e registrou variação de 1,55%, segundo o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). O indicador ficou acima da marca de janeiro, quando foi de 0,69%, e também superou fevereiro de 2015, mês em que variou 0,43% Com o resultado, subiu para 12,05% a variação de preços acumulada nos últimos 12 meses, e, nos dois primeiros meses de 2016, a inflação medida pelo indicador já acumula 2,24%. O aumento da taxa de variação se deu em todos os índices que compõem o IGP-10. O Índice de Preços ao Produtor Amplo passou de 0,63% em janeiro para 1,69% em fevereiro. Bens finais, intermediários e matérias-primas brutas variaram acima do índice geral, puxando o resultado para cima. Já o Índice de Preços ao Consumidor acelerou de 1,05% para 1,64%, com destaque para a variação do grupo transportes, em que a inflação passou de 0,77% para 2,26% principalmente por causa dos reajustes dos ônibus urbanos. O Índice Nacional de Custo da Construção (Incc) também teve alta em fevereiro – 0,37% contra 0,22% em janeiro. Mão de obra, materiais, equipamentos e serviços aumentaram mais em fevereiro que em janeiro. O IGP-10 é calculado pelo Ibre a partir de dados coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. Os resultados divulgados ontem são do período de 11 de janeiro a 10 de fevereiro.

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