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Blog do PCO

Pandemia fura expectativas e previsões I

A pandemia de covid-19 derrubou a economia brasileira em 2020. Economistas de dentro e de fora do governo estavam otimistas em relação ao desempenho de grande parte dos setores econômicos no final de 2019. A expectativa em dezembro daquele ano era de que 2020 terminasse com alta do PIB de 2,6% em relação a 2019. Outros indicadores ficaram fora do que seria confirmado nos meses seguintes. A inflação, medida pelo IPCA, deve registrar 4,4% em 2020 ante projeção de 3,6% da mediana do mercado.

Pandemia fura expectativas e previsões II

A Selic, taxa básica de juros, terminou 2020 em 2% ao ano, o menor patamar da história. Era esperado percentual de 4,5%. O desemprego, que já estava alto para o patamar brasileiro, disparou. Deve fechar o ano com mais de 15% de desocupação. A projeção era uma taxa na faixa de 11%. O câmbio disparou com a redução dos juros e a aversão do mercado ao risco. Bilhões de dólares foram retirados do Brasil. A moeda norte americana atingiu o recorde nominal de R$ 5,90 em 13 de maio. Houve recuo nas últimas semanas. Em dezembro de 2019, algumas instituições esperavam o câmbio abaixo de R$ 4 no final de 2020.

Pandemia fura expectativas e previsões III

A balança comercial terá um resultado melhor que o esperado. O saldo projetado pelos economistas consultados pelo Boletim Focus, do Banco Central, era de US$ 39,4 bilhões. Com o dólar alto e forte demanda da Ásia por commodities, o saldo deve fechar positivo em US$ 55 bilhões. O coronavírus também desarranjou as contas públicas. Por causa dos gastos para conter os efeitos da pandemia, o setor público deve ter déficit de 11,7% do PIB. Ou seja, 11,7% de tudo que é produzido pela economia em um ano. Será o pior resultado da série histórica, iniciada em 1997.

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