Logo após rebaixar a nota do Brasil, a Standard & Poor’s (S&P) tirou ontem (10) o grau de investimento da Petrobras, que foi rebaixada em dois níveis, de BBB- para BB, com perspectiva negativa. A estatal, assim como o governo brasileiro, perdeu o selo de bom pagador e passa para a categoria especulativa. Em comunicado, a S&P disse que a perspectiva negativa aplicada à dívida da Petrobras é um reflexo da situação política e econômica do país e abre a possibilidade de outro rebaixamento no futuro. Para a agência, o Brasil precisa mostrar sólido e consistente comprometimento para reverter a sua situação e voltar a ter grau de investimento. Outras 30 empresas brasileiras também perderam o grau de investimento. O selo de qualidade assegura aos investidores um menor risco de calotes. A partir da nota de risco atribuída aos títulos de dívidas de países e empresas, os investidores podem avaliar se a possibilidade de ganhos compensa o risco de perder o capital investido com a instabilidade econômica local. Entraram na lista a Companhia de Gás de São Paulo (Comgas), Companhia Energética do Ceara (Coelce), Elektro Eletricidade e Serviços S.A. (Elektro), Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (TAESA), Neoenergia S.A., Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA), Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN), Companhia Energética de Pernambuco (CELPE), Atlantia Bertin Concessões S.A. (AB Concessões), Rodovia das Colinas S.A., Triangulo do Sol Auto-Estradas S.A., Arteris S.A., Autopista Planalto Sul S/A., CCR S.A., Autoban – Concessionária do Sistema Anhanguera Bandeirantes S.A., Concessionária da Rodovia Presidente Dutra S.A., Rodonorte Concessionária de Rodovias Integradas S.A., Ecorodovias Concessões e Serviços S.A., Concessionária Ecovias dos Imigrantes S.A., Santos Brasil Participações S.A. e Samarco Mineração S.A.
Bancos tem notas reduzidas
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s também piorou ontem (10) a nota de crédito de várias instituições financeiras do país. Entraram na lista o Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal e Santander Brasil. Essas instituições tiveram a nota de longo prazo reduzida de BBB – para BB+, perdendo o grau de investimento, com perspectiva negativa.