Mesmo com o PIB de 2023 tendo apresentado um crescimento de 2,9%, como o divulgado pelo IBGE, o economista chefe da Fiemg, João Pio (foto/reprodução internet), está prevendo para este ano um crescimento menor, de 1,9%. Pelo levantamento coordenado pelo economista, o PIB de 2023 foi puxado pela agropecuária, que apresentou uma elevação de 15,1%, influenciada pela safra recorde de grãos. Este ano, no entanto, a economia brasileira deve apresentar desaceleração.
O bom desempenho da safra agrícola de 2023 não deve se repetir neste ano – considerando a situação climática menos favorável e a base alta de comparação –, o que pode resultar em um estímulo reduzido para setores relacionados à agropecuária, como transportes e máquinas e equipamentos. Os gastos do governo, também, devem permanecer altos, o que afeta o resultado e a indústria deve mostrar desempenho moderado, com recuperação parcial do segmento da construção e avanço menos expressivo do segmento extrativo, um contexto que leva a um crescimento mais tímido de 1,9%.