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Projeção de inflação mais alta pela oitava semana seguida

Analistas do mercado financeiro esperam por mais inflação e piora na economia este ano. De acordo com pesquisa do Banco Central (BC) em instituições financeiras, a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 8,39% para 8,46%, este ano. Essa projeção subiu pela oitava semana seguida. Para 2016, a estimativa segue em 5,50%. O IPCA, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, com rendimento de 1 a 40 salários mínimos. A expectativa dos analistas de mercado para a retração da economia passou de 1,27% para 1,30%. Essa é a terceira piora seguida na estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. No próximo ano, a projeção é de recuperação da economia, com crescimento de 1%. Mesmo com a economia fraca, as instituições financeiras esperam por mais elevação na taxa básica de juros, a Selic, para controlar a inflação. Na última quarta-feira (3), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic pela sexta vez seguida para 13,75% ao ano. Com o reajuste, a Selic retornou ao nível de janeiro de 2009. Para as instituições financeiras, a Selic vai chegar ao final de 2015 em 14% ao ano.

 

Projeção de mais uma queda na produção industrial

Para o mercado financeiro, que anda descrente, a produção industrial deve ter uma queda de 3,20%, este ano. A estimativa da semana passada era retração de 2,80%. A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 7,03% para 7,05%. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 6,87% para 6,88%, este ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 8,17% para 8,35%, este ano. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) subiu de US$ 3 bilhões para US$ 3,1 bilhões. A estimativa para o saldo negativo em transações correntes (registros de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi ajustada de US$ 83,3 bilhões para US$ 84,1 bilhões, este ano. A projeção para a cotação do dólar segue em R$ 3,20, ao final de 2015. A expectativa das instituições financeiras para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) passou de US$ 66 bilhões para US$ 67,5 bilhões, em 2015. A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB permanece em 37,9%, em 2015.

 

Nem carro o brasileiro está comprando

As vendas de veículos novos caíram 27,5% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a abril a queda foi de 3%. Os dados foram divulgados nessa segunda-feira (8) pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), entidade que representa as montadoras instaladas no país. No total, que inclui carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 212,7 mil veículos foram vendidos em maio. O resultado leva para 20,9% o tombo desse mercado desde o início do ano. O volume emplacado nos cinco primeiros meses -1,11 milhão de unidades- corresponde ao pior resultado da indústria de veículos em oito anos. No segmento de carros de passeio e utilitários leves, que teve retirado os descontos no IPI em janeiro, as vendas de maio caíram 26,3%, na comparação com 2014. Foram 205,2 mil unidades licenciadas, 3,2% a menos do que em abril. Já as vendas de caminhões somaram apenas 6 mil unidades em maio, menos da metade do volume registrado um ano antes, de 12,7 mil veículos. Na comparação com abril, os emplacamentos de caminhões subiram, 3,9%. No segmento de ônibus, as vendas do mês passado foram 35,3% menores do que as de um ano atrás. No total, 1,5 mil coletivos foram entregues em maio, 7% abaixo do comercializado em abril. As vendas de máquinas agrícolas atingiram 4.148 unidades em maio. Em relação a abril, a queda foi de 2,6%; na comparação com maio do ano passado, a retração ficou em 32,6%. Segundo o balanço da Anfavea, as importações responderam por 15,2% de todos os veículos vendidos no quinto mês de 2015, abaixo dos 16,2% de abril.

 

O tombo foi maior do que o esperado

A queda na produção e vendas estava nas previsões da Anfavea. Para 2015, a associação projeta agora queda de 17,8% na produção de veículos no Brasil, com 2,585 milhões de unidades. A expectativa em abril de uma queda de 10%. Para as vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, a indústria vê agora baixa de 20,6% em 2015, para 2,779 milhões de unidades, frente a uma projeção anterior de queda de 13,2%. “As vendas de maio foram bastante piores do que esperávamos”, disse o desanimado presidente da Anfavea, Luiz Moan.

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