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Queda da Selic não tem limite fixado

Paulo César de Oliveira
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O diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk (foto), afirmou nessa quarta-feira que o nível de 2,25% para a Selic não é algo “escrito na pedra” e reiterou que o BC está longe de um limite a partir do qual a redução dos juros perderia eficácia, razão pela qual pode continuar a fazer política monetária como usualmente. “Não vi esse 2,25% como algo que foi escrito na pedra, algo fixo, que temos que ter em mente e não podemos cruzar”, disse ele em inglês, ao participar de evento virtual promovido pela American Chamber of Commerce. Hoje, a Selic está em 3% ao ano e o BC já sinalizou em suas últimas comunicações um corte de até 0,75 ponto na reunião que acontece no dia 17, o que levaria os juros básicos à nova mínima histórica de 2,25%.Kanczuk ressaltou que, na sua visão, este patamar é muito mais ligado à política monetária ótima focada no hiato do produto (ociosidade da economia) e no risco para a taxa neutra de juros, do que a um ‘effective lower bound’ —nível de juros abaixo do qual a política monetária perde eficácia para estimular a economia. O diretor ponderou que o BC ainda tem o mesmo panorama para a política monetária e, para sua próxima decisão sobre os juros, atualizará seus números.

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