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Recessão tem grave risco de piorar

A pandemia de COVID-19 provocará uma recessão global em 2020, com uma contração econômica estimada em 3%, e um “grave risco” de piorar – anunciou ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI). “O isolamento da população para evitar contágios e a consequente paralisação da atividade econômica reduzirão o crescimento de maneira dramática, com impacto maior nos países em desenvolvimento”, destaca o FMI no boletim “Perspectivas da Economia Mundial”, que recebeu o título de “O Grande Confinamento”. O Fundo afirma que, se o mundo conseguir conter o novo coronavírus e retomar gradualmente a atividade no segundo semestre de 2020, a economia global pode crescer 5,8% em 2021. Para os Estados Unidos, maior economia do mundo, o FMI projeta uma recessão grave, com queda de 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, e uma recuperação de 4,7% em 2021. O documento destaca, porém, a “considerável incerteza” que pesa sobre a força da retomada. “Resultados de crescimento muito piores são possíveis e, talvez, prováveis”, afirma o boletim. “Esta crise não se parece com nenhuma outra”, declarou a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath (foto), ao destacar que, “muito provavelmente”, o mundo vai registrar a pior recessão desde a Grande Depressão de 1929, superando com folga a contração provocada pela crise financeira de 2008. Na ocasião, a recessão em 2009 foi de apenas 0,1%, e os mercados emergentes cresciam a um ritmo sólido. De acordo com os prognósticos do FMI, apenas duas economias escaparão este ano da recessão, mas, em ambos os casos, com crescimentos mínimos: a China, berço da COVID-19, vai avançar 1,2%, e a Índia, 1,9%.

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