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Recursos para crédito parados no sistema financeiro

O ministro da Economia, Paulo Guedes (foto), admitiu ontem que os recursos liberados aos bancos para ampliar o crédito no país em meio à pandemia do novo coronavírus estão “empossados no sistema financeiro”. “Começamos agora a dar dinheiro na veia, direto para as empresas”, afirmou em live com líderes do setor varejista. Guedes defendeu que o dinheiro deve sair de Brasília e “ir onde o povo está”. Para isso, o ministro ressaltou que o governo deve aprofundar os programas propostos para garantir que o dinheiro chegue “na ponta”. Ele ressaltou que o governo Bolsonaro está se preocupando primeiro com os mais vulneráveis em meio à crise. “Os R$ 98 bilhões do programa informais e microempresários são mais do que o orçamento discricionário de 2020”, afirmou na live. O ministro defendeu ainda que a situação inédita pela qual passa o país está recebendo as devidas respostas por parte da equipe econômica, que também estaria tomando providências inéditas. “Em pouco mais de três semanas, estamos com ajuda de mais de R$ 800 bilhões”, declarou Guedes. “Tínhamos programado transferir R$ 450 bilhões para estados e municípios em oito anos. Transferimos o dobro disso em três semanas”, ressaltou. Ele ponderou, também, que o Brasil já tem um déficit de 6% do PIB, “o que nunca havia acontecido”.

 

Mexer nos impostos

O governo deseja subir a linha do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para oferecer crédito a empresas que faturam até R$ 300 milhões, segundo Guedes. Na live com os líderes varejistas, ele defendeu que as medidas de estímulo anunciadas em meio à crise trazida pelo novo coronavírus, como a redução no compulsório, agora terão de ser focadas no emprego e na ampliação do capital de giro das empresas. Sobre a questão do emprego, o ministro defendeu que a economia deve ser reativada através do corte de impostos, especialmente os que chamou de “disfuncionais”. “Atacando de frente o mais cruel imposto, o sobre emprego”, destacou Guedes. Para ele, o Brasil deve resistir à tentação de fazer apenas um pequeno conserto, o que teria o potencial de destruir o futuro do país, assim como resistir a um “ativismo regulatório”, que seria natural, embora desaconselhável, em momentos de crise. Como fez antes na mesma live, o ministro da Economia defendeu a atuação do Congresso na crise. “O Congresso quer ajudar. Eles estão envolvidos sobre como melhorar a situação do Brasil”, afirmou.

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