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Blog do PCO

Selic tem a maior queda dos últimos oito anos

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central fez aquilo que o mercado esperava: reduziu mais fortemente a taxa básica de juros da economia brasileira pela quinta vez seguida nessa quarta-feira, de 12,25% para 11,25% ao ano. O corte, de um ponto percentual e levou a Selic ao menor patamar desde outubro de 2014 – quando a taxa estava em 11% ao ano. A redução de um ponto percentual confirmou a expectativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro. A aposta dos analistas teve por base indicação do próprio Banco Central que, no início de março, sinalizou que iria acelerar o ritmo de redução dos juros.”Essa intensificação moderada [do ritmo de corte] em relação ao ritmo das reuniões de janeiro e fevereiro mostra-se, no momento, adequada”, informou o BC, por meio de comunicado. Os analistas das instituições financeiras preveem que o Copom continuará a reduzir a Selic nos próximos meses e que a taxa chegará a 8,5% ao ano no fechamento de 2017, ou seja, em um dígito, algo que não acontece desde o final de 2013.O Copom considera o atual ritmo de corte “adequado”, sinalizando que deve manter o mesmo percentual no próximo encontro do Copom, em 30 e 31 de maio.

 

Ranking de juros reais

Mesmo com a redução de juros nessa quarta-feira, o Brasil ainda permanece na liderança do ranking mundial de juros reais (calculados com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses), compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management. Com os juros básicos em 11,25% ao ano, a taxa real do Brasil soma 6,36% ao ano, acima do segundo colocado, que é a Rússia, que tem juros reais de 5,12% ao ano. A Colômbia vem em terceiro lugar com 2,49% ao ano. Nas 40 economias pesquisadas, a taxa média está negativa em 2,2% ao ano.

 

Atenção às suas aplicações financeiras

De acordo com cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), mesmo com a redução dos juros para 11,25% ao ano, os fundos de investimento continuam mais atrativos e ganham da poupança na maioria das situações. A poupança continua atrativa somente para fundos com taxas de administração acima de 2,5%. Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic. Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% ao ano, como atualmente, está limitado em 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR). Analistas avaliam que o Tesouro Direto, programa que permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos, também pode ser uma boa opção para os investidores. O programa tem atraído a atenção de aplicadores nos últimos anos. Se a previsão do mercado financeiro se concretizar, e a taxa Selic for reduzida para 8,5% ao ano no fim de 2017, os rendimentos da poupança passarão a ser menores. Isso porque, segundo fórmula definida em 2012, quando a Selic atingir esse patamar, os rendimentos da poupança passam a ser de 70% do juro básico da economia. O objetivo é evitar que grandes investidores tirem recursos de fundos de renda fixa e de títulos públicos para colocar na poupança, dificultando assim a emissão de papéis pelo Tesouro Nacional.

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