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Sem recessão técnica, mas com PIB pífio

O avanço de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB) em maio ante abril, apontado pelo Monitor do PIB, divulgado ontem, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), praticamente afasta a possibilidade de retrações na atividade econômica por dois trimestres consecutivos, o que configuraria o que economistas chamam de “recessão técnica”. A avaliação é de Juliana Trece (foto), pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV). A alta de abril quebrou uma sequência de três quedas seguidas. Em abril, o Monitor do PIB havia apontado queda de 0,2% ante março. Dessa forma, apenas um resultado muito ruim em junho jogaria o PIB do segundo trimestre para o terreno negativo. “Recessão técnica não tem como. Tudo indica que o PIB do segundo trimestre vai ser positivo, mas no ano não vai crescer acima de 1,0%”, afirmou Juliana. A equipe responsável pelo Monitor do PIB estima avanço de 0,4% no segundo trimestre ante o primeiro. Ainda assim, mesmo com a possibilidade de retrações por dois trimestres seguidos no PIB, Juliana acha cedo para se falar em recuperação mais firme da economia. A pesquisadora chamou atenção para o comportamento da formação bruta de capital fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB). A componente teve crescimento expressivo em maio ante abril, com 1,5%, superando, por exemplo, o consumo das famílias.

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