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Setor de serviço refaz as contas e avisa que o tombo será maior

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou ontem a previsão de queda para o volume de receitas do setor de serviços de 3% para 3,6%. A reavaliação ocorreu após a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou uma perda de 4,4% na receita entre janeiro e maio de 2017, na comparação com os mesmos meses de 2016. A confederação justificou a decisão pontuando que há uma natural demora de recuperação do mercado de trabalho e um ritmo intenso nas perdas do setor terciário nos últimos meses. Na visão dos analistas da instituição, esses fatores pesam para a piora na projeção de 2017, mesmo diante de uma previsão de comportamento favorável para a inflação e para o custo do crédito na segunda metade de 2017.O economista da CNC Fábio Bentes explicou que o setor de serviços é menos afetado pelo câmbio e pelo crédito que os outros setores da economia, tem menos possibilidades de exportação e responde principalmente ao mercado de trabalho e à renda da população. O setor tem ainda a peculiaridade de registrar uma inflação mais resistente, segundo Bentes. Enquanto a variação acumulada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho de 2016 a junho de 2017 foi de 3%, para o setor de serviços, a inflação foi de 5,72%. “Em outros setores, a atividade acaba sendo resgatada [pela queda da inflação]. Como ela está muito resiliente no setor de serviços, a reação do setor por conta dos preços é muito menos significativa”, disse o economista. “O que poderia alavancar o setor de serviços seria uma recuperação do mercado de trabalho”.

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