A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de elevar a taxa SELIC de 9,25% para 10,75% ao ano foi recebida com preocupação por empresários mineiros. O entendimento é o de que o “ritmo acelerado de aumento da taxa SELIC prejudicará a recuperação da economia brasileira. Vale a pena ponderar a efetividade de uma política monetária tão restritiva para conter uma escalada de preços influenciada por fatores pouco ou nada sensíveis ao aumento dos juros. Entre eles, vale citar a desestruturação das cadeias globais de suprimentos, a elevação de preços de commodities e a escassez hídrica”. Para os empresários ligados à Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), é preciso levar em consideração que os principais indicadores recentes de atividade evidenciam uma perda de ímpeto da atividade econômica. A taxa de desemprego segue em patamar historicamente elevado (11,6%), assim como o nível de endividamento das famílias”.
Menos investimentos
O presidente da CDL-BH, Marcelo Souza e Silva (foto), alerta que com taxas mais elevadas, as empresas tendem a retrair os investimentos, que são os responsáveis por gerar emprego e renda, o crédito fica mais caro, temos aumento da inadimplência e o dinheiro em circulação diminui. A expectativa é a de que o governo seja capaz de controlar a inflação, garantir a recuperação da atividade econômica de forma sustentada, promova reformas estruturais, tenha zelo nos gastos públicos, faça revisão de despesas e trabalhe pelo desenvolvimento social. (Foto reprodução internet)