O IBGE divulgou mais cedo que a inflação oficial do mês passado bateu em 0,51%. É o maior saldo para um mês de novembro desde 2015. A aceleração destoa de quase todos os resultados do ano – em outubro a taxa ficou em 0,10% – e reflete a escalada dos preços do grupo “Alimentação e bebidas”, em especial as carnes (8,09%). Só esse item exerceu o maior impacto individual no repique de preços apurado no mês, representando 0,22 ponto percentual (quase metade) do IPCA de novembro. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE em novembro, sete tiveram alta. Habitação é destaque: saiu de deflação de 0,61% em outubro para alta de 0,71% em novembro. Olhando para 12 meses, o IPCA está em 3,27% e no acumulado do ano, em 3,12%. O IPCA é calculado desde 1980, mira as famílias com rendimento entre 1 e 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília. O retrato de novembro impacta, mas não é motivo de alarme. No geral, a conjuntura inflacionária está comportada e as previsões de corte de juros e acomodação em dezembro seguem de pé.
