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Uma conta que não fecha

Paulo César de Oliveira
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Uma das premissas do novo arcabouço fiscal para reverter a alta no endividamento público é a queda no custo dessa dívida – ou seja, a diminuição dos juros pagos pelo Tesouro. Mas o economista José Júlio Senna (foto), ex-diretor do Banco Central e chefe do Centro de Estudos Monetários do Ibre/FGV, afirma “ter dificuldades” de entender como o programa apresentado na última semana possa reduzir de maneira substancial os juros reais. Isso porque as despesas do governo continuarão em trajetória ascendente, e o ajuste proposto é “todo calcado em aumento de receitas”. Segundo Senna, seria um custo muito elevado para o Banco Central fugir de seu protocolo e reduzir a Selic enquanto as expectativas de inflação permanecem em alta. Poderia haver uma piora das próprias expectativas e aumento dos prêmios de risco, fatores que trabalham contra a política monetária. Metas mais tolerantes, diz ele, acabam por tornar a inflação muito volátil – algo ruim para a organização da economia. (Foto/reprodução internet)

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