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Virou rotina: projeções são de inflação abaixo da meta, Selic menor PIB bem pequenino neste ano

O mercado financeiro reduziu – pela nona vez seguida – a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano. Agora, a estimativa passou de 4,03% para 4,01%, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central divulgado às segundas-feiras. A projeção para a inflação este ano está abaixo do centro da meta que é 4,5%. Para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país), os analistas consultados na pesquisa ajustaram de 0,46% para 0,47%. Para 2018, a expectativa é que a economia cresça 2,5%, a mesma projeção já a sete semanas consecutivas. As instituições financeiras projetam que a Selic encerrará 2017 e 2018 em 8,5% . Atualmente, a taxa é de 11,25% ao ano.

 

Na vida real a inflação sobe um pouco

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) teve alta de 0,26% na primeira prévia de maio, resultado que é 0,14 ponto percentual maior do que a variação registrada no fechamento de abril (0,12%). A pesquisa, feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), refere-se às oscilações de preços verificadas entre 30 de abril e 7 de maio em Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Cinco dos oito grupos pesquisados indicaram elevação de preços e o que mais influenciou esse avanço da inflação foi o grupo habitação. Nesta classe de despesa, houve queda de 0,15%, porém, o recuo foi bem menos expressivo do que o apurado no encerramento de abril (-0,69%). Entre os motivos está o movimento de recuperação de preços da tarifa de eletricidade residencial que passou de (-6,22%) para (-2,6%).

 

Selic menor abre perspectiva de crescimento econômico

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn foto), está em Tóquio, no Japão, onde defende que a redução da taxa básica de juros, a Selic, vai contribuir para a retomada do crescimento da economia brasileira. Ele participa da Reunião Bimestral de Presidentes de Bancos Centrais do Banco de Compensações Internacionais (BIS) e de encontros com investidores institucionais. A reunião começou no domingo e se encerra hoje De acordo com os dados que o presidente do BC apresenta em Tóquio, a redução da Selic, complementada por outros esforços políticos, vai ajudar na recuperação da economia brasileira.

 

Reformas e ajustes geram confiança

Para Golfajn, as reformas e ajustes aumentaram a confiança e reduziram a percepção de risco associada à economia brasileira. Ele citou as reformas da Previdência, a trabalhista e a da educação, além do teto dos gastos públicos. O presidente do BC lembrou que a Selic caiu de 14,25% ao ano, em outubro de 2016, para 11,25% ao ano na última reunião do Comitê de Polícia Monetária (Copom), em abril deste ano. O presidente do Banco Central reforçou que o ritmo de cortes na Selic depende da estimativa de extensão do ciclo de ajustes na taxa e da antecipação dos cortes. Por sua vez, essa antecipação de cortes depende da evolução da atividade econômica, de fatores de risco e das expectativas para a inflação.

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