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A crise ainda não passou, mas consumidores estão voltando aos poucos ao mundo da moda

A indústria da moda mineira conseguiu uma dose extra de ânimo com o Minas Trend, está completando 10 anos. A diretora do Sindijoias, Elaine Vasconcelos (foto), disse que os números da edição deste ano foram bem melhores do que os do ano passado. A crise, para ela, pode não ter passado ainda, mas o consumidor está voltando a gastar, mesmo que timidamente. Além disso, as empresas estão tendo um suporte para melhorar o design, a gestão e para entender melhor o mercado em que atuam.

 

Os empresários que participaram da última edição do Minas Trend perceberam uma melhora nas vendas em relação ao ano passado. É um sinal de que o pior da crise econômica já passou?

Nós sentimos diferença em relação à edição passada. Estamos percebendo o reaquecimento do mercado. É lógico que existe um certo controle para não comprar em demasia, mas todos, empresários e lojistas, elogiaram a feira. Algumas marcas venderam nesta última edição três vezes mais do que a edição de outubro.

 

As expectativas para este ano são mais animadoras?

A expectativa é a de que o mercado reaja e que nós consigamos deslanchar novamente, porque no segmento da moda, principalmente na parte de acessórios, os compradores ficam mais comedidos. Não é uma prioridade. É um acessório. Mas o acessório hoje é que te dá auto estima para continuar. E se os compradores estão comprando e estão investindo na loja, é sinal de que eles estão tendo retorno do mercado.

 

Em tempos de crise, é preciso usar uma dose extra de criatividade e trabalhar melhor o preço dos produtos?

Não é por ser do setor, mas todos do setor de bijuterias são muito criativos, em tudo. No material utilizado, no banho, no design. Criatividade é o que não falta. O preço varia dependendo do tipo de produto que o lojista quer. Temos desde o trabalho mais artesanal a um folheado mais joia. Depende do interesse do cliente.

 

Como o Sindijoias tem atuado nessa crise?

O Sindijoias dá o apoio aos associados com projetos para que haja uma melhora na coleção, na gestão financeira, na capacitação, no design, em tudo. Nós procuramos saber o que está acontecendo para tentar viabilizar essas capacitações. O ano passado foi difícil para todos, não só para o nosso setor. Mas nós estamos com um projeto muito interessante, o “Identidade Minas”, onde participam 18 empresas entre joias e bijuterias. É um projeto de três anos. Estamos entrando no terceiro ano agora, com o apoio do Sebrae e do Instituto By Brasil. Os consultores vão nas empresas para auxiliar e orientar no desenvolvimento das coleções, em gestão de estoque e no processo de produção. O DNA da marca é que será o diferencial para o comprador, porque está tudo muito igual. Essa identidade vai marcar. Com isso, todos se fortalecem. O ano de 2016 foi para essas empresas se organizarem e se fortalecerem e, isto está acontecendo.

 

Qual o balanço da última edição do Minas Trade?

Pelo que conversei com expositores e compradores, todos elogiaram. Nós temos uma parceria com Sebraes e sindicatos de outros estados e alguns já querem ampliar o espaço para a edição de outubro e trazer mais empresas, porque o resultado para o grupo foi muito bom. O retorno foi positivo. Neste ano vieram empresas de São Paulo, Alagoas, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro.

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