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Alencar da Silveira Jr: Novo momento do legislativo mineiro

Com oito mandatos, seis deles fazendo parte da mesa diretora da Assembleia Legislativa, o deputado Alencar da Silveira Jr (foto), do PDT, tem história para contar. Ele participou de vários momentos da história política mineira e brasileira. O bom relacionamento com os seus colegas parlamentares deve garantir, no dia 1º de fevereiro, mais dois anos como membro da Mesa, mesmo com o PDT tendo conseguido eleger apenas dois deputados. Mas para ele, o Legislativo mineiro vive um momento especial, reconhecido por parlamentares de outros estados. Para ele, a Assembleia nunca foi tão independente.

Como fica o PDT em relação a composição da mesa diretora da Assembleia Legislativa?

O PDT vai ficar na mesa da Assembleia. O partido tem um lugar na mesa. Eu tenho oito mandatos, seis deles na mesa.

Depois de quatro anos conturbados na relação com governo, nesse segundo mandato, como será?

Foi conturbado não por conta da Assembleia. Foi conturbado pela própria inexperiência do governo. Acho que amadureceu. A Assembleia, amadureceu o governo e, agora, sabendo que esse negócio de que não é político, não é assim. Todos nós somos políticos e somos políticos modernos. O Novo chegou falando que não era político e nós vimos que o que foi plantado na campanha, de que só “vamos receber depois de pagar o funcionalismo”, tudo o que foi plantado na campanha, quando assumiram,” viram que não era isso. Foi dito que “o secretário não vai ter não vai ter o famoso puxadinho. O secretário só vai ter o salário de secretário”, isso não deu certo. Eu mesmo ajudei no início e fiz um projeto proibindo qualquer remuneração sem ser salário. O próprio governo reconheceu que não iria conseguir contratar ninguém só com o salário que paga ao secretário. Falou que não iria morar no Mangabeiras, mas gasta mensalmente um dinheiro grande no Mangabeiras. Mas o tempo vai passando e vai amadurecendo. Acho que o partido amadureceu e viu perfeitamente que a forma deles de fazer política não é uma forma tão correta como foi dito desde o início. Não elegeram nenhum deputado que estava aí. Não teve reeleição dos deputados, não fez bancada nova. Não tem um partido para disputar a eleição para presidente da República. Acho que a convivência com o nosso partido, com a. Assembleia, não foi ruim por causa da Assembleia. A Assembleia, no início, ajudou em tudo e o que governo pediu foi feito.

Em que momento essa relação saiu do trilho?

A partir do momento em que o governo ouviu pouco a Assembleia. Nós tivemos um presidente que sempre respeitou muito o Legislativo. Nós tivemos um presidente que todas as Assembleias no Brasil queriam ter. O Agostinho Patrus deu um exemplo de liberdade do Poder Legislativo. Nós temos que fazer uma estátua para o Agostinho. O que a Assembleia de Minas conseguiu, a liberdade que conseguiu durante esses quatro anos, de mostrar que deputado não é só para levantar ou para sentar, deputado é para ajudar também administrar. Nós tivemos uma crise grande com a pandemia, nós tivemos toda essa dificuldade com a pandemia e nós conseguimos fazer muita coisa. Nós congelamos o IPVA na hora em que a população pediu e tudo o que a Assembleia fez, teve o reconhecimento da população de Minas. Nós tivemos a menor renovação dos últimos 50 anos. Nós tivemos a menor renovação do Brasil e contar quem saiu da Assembleia, saiu não porque perdeu a eleição. Isso aconteceu com uma minoria. Nós fizemos um senador da República, o Cleitinho, porque é um trabalho do Cleitinho e da Assembleia Legislativa.

A eleição do Cleitinho foi uma resposta ao trabalho da Assembleia Legislativa?

 A eleição do Cleitinho foi uma resposta da população à Assembleia, porque se a Assembleia tivesse mal, ela não teria sido eleito. Nós temos 25 novos deputados chegando, mas por exemplo, o Virgílio Guimarães não foi candidato, o André Quintão não foi candidato, O Guilherme da Cunha foi candidato a deputado federal. O Lincoln Portela não foi candidato, ele colocou a irmã para disputar. O Cleitinho colocou o irmão. Hoje a Assembleia de Minas é exemplo pelo seu quadro de funcionários, é exemplo, nos projetos que são apresentados e foi exemplo em todas as articulações que foram feitas.

O fato de o deputado Tadeu Leite ser candidato único também é resultado do fortalecimento da Assembleia?

É resultado da Independência que os deputados entenderam que tem que continuar. É uma Independência que a gente tem que ajudar o governo e nós temos que tocar a Casa. É isso que a Assembleia precisa, e eu tenho certeza absoluta que tudo o que o governo precisar e que for bom para Minas Gerais, como até hoje fizermos, nós vamos votar favorável. Nós temos que vender a Codemig e investir o dinheiro nas estradas, porque com as estradas boas nós vamos ter um desenvolvimento maior no estado. A Assembleia é parceira e sempre será parceira do governo com Independência. Hoje, com a mudança da política, nós temos deputado classista dentro da Assembleia, que vai votar com o governo em muita coisa importante, mas votar a favor da classe dele, que é de onde vêm os votos dele. O governo tem que entender isso. O governador tem que administrar com seriedade como ele administra hoje e é essa seriedade que nós vamos continuar cobrando. Antigamente, deputado do governo não discutia, votava. O líder levantava, a base de governo levantava. O líder ficava sentado, a base ficava sentada.

E a polêmica em relação ao Mineirão?

Como homem do futebol não posso falar, porque o meu clube tem um estádio. Sou presidente do América, mas a Assembleia vai tomar algumas medidas. Estão falando em uma CPI. Não participo, mas assino para averiguar o que está acontecendo. Não participo, como disse, porque meu clube tem um estádio, que é o melhor para Belo Horizonte. (Foto/reprodução internet)

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