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Anna Carolina Masseo de Andrade: investindo no transporte

O transporte de passageiros virou um problema nos grandes centros urbanos, principalmente após a pandemia da Covid-19, quando o setor sofreu um forte desgaste. A retomada da normalidade foi um processo difícil e exigiu vários ajustes, principalmente em Belo Horizonte. A presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH), Anna Carolina Masseo de Andrade (foto/Tião Mourão), lembra que o setor ficou muito tempo sem investimentos, fato que agravou a situação das empresas de transporte de passageiros.

Como está a situação do transporte em Belo Horizonte, após os acertos que foram feitos junto à prefeitura?

O transporte de Belo Horizonte ficou durante muito tempo sem qualquer investimento, sem qualquer cumprimento de contrato e agora, já tem em torno de 6 a 8 meses que foi publicada a nova lei municipal, que permite o financiamento, que nada mais é do que o subsídio, o repasse de valores por parte da prefeitura. E com isso as empresas estão com fôlego para poder operar a prestação do serviço da maneira eficiente, correta, com regularidade, que antes estava prejudicada por ausência de investimento e congelamento da tarifa.

Parece que o usuário do transporte coletivo está em um momento de tolerância zero. É preciso ter um pouco de paciência para regularizar o sistema?

Sim, com certeza não é da noite para o dia. Mas já fizemos diversos avanços, inclusive uma frota renovada. Já superamos os 420 ônibus prometidos na vigência da lei, já estamos com uma frota agora nova, com ar-condicionado em quase 75% dos veículos e, com isso, o serviço tende a melhorar. Agora precisamos de investimentos na infraestrutura, como faixas exclusivas para poder priorizar o atendimento e manter uma regularidade maior para o usuário.

Nessas conversas com a prefeitura e com a Câmara Municipal, o que tem sido feito nesse sentido, para melhorar a infraestrutura?

Nós cobramos do poder público e da Câmara de Belo Horizonte que se faça os devidos investimentos. Um atendimento que olhe com mais carinho para o setor do transporte público, nesse sentido dos investimentos, como faixa exclusiva e prioridade para o atendimento. É disso, precisamos.

Estamos em um ano eleitoral e esse setor tende a ser pauta de eleição. Vêm mais críticas e cobranças?

Eu acredito que o transporte sempre é. Mas nós continuamos aí prestando um bom serviço e queremos melhorar a cada dia, a cada ano e para isso contamos também com a população, com o poder público, com todo mundo.

Esse assunto chegou ao Congresso Nacional. Você acredita que possa ter algum tipo de lei que obrigue o governo federal a investir nesse setor?

A pauta do transporte público é nacional. O investimento precisa ser tratado no âmbito nacional, sem dúvida nenhuma. Um orçamento que obrigue que se tenha uma rubrica para o transporte. Acredito que está sendo conversado, que existem projetos nesse sentido e a gente torce muito para que isso aconteça.

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