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Antônio Carlos Arantes: Um novo momento na Assembleia de Minas

Eleito com mais de 119 mil votos, a terceira maior votação entre os deputados estaduais, Antônio Carlos Arantes (foto) está pronto para alçar voos maiores. Ele deve assumir a presidência da Assembleia Legislativa com a saída do atual presidente, Agostinho Patrus, que vai assumir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Em fevereiro, Arantes volta a colocar seu nome para presidência da Casa, aí para um mandato de dois anos.

O senhor vai assumir a presidência da Assembleia Legislativa. Como pretende manter o relacionamento com o governo de Minas?

Se o atual presidente, deputado Agostinho Patrus, for até 30 de novembro aí eu assumo imediatamente e convoco a eleição pois aí tem que ter eleição para a presidência. Não está nada definido. Agora, se ele assumir a partir de primeiro de dezembro, eu assumo direto, eu assumo a presidência. Isso porque até 60 dias antes para o final do mandato, não tem eleição e o vice-presidente assume automaticamente (o mandato termina no início de fevereiro). Esse é o regimento da Assembleia.

O governador Romeu Zema teve uma relação muito tumultuada com a Assembleia Legislativa nesse primeiro mandato. O senhor acha que nesse segundo vai ser diferente?

Eu acho que vai ser bem mais tranquilo, porque na outra eleição ele elegeu três deputados apenas, uma deputada e dois deputados, e ele colocou um pessoal muito inexperiente na articulação política. Isso dificultou muito na formação da base e, ao mesmo tempo, a oposição elegeu a maioria disparado. Isso acabou criando essas dificuldades no mandato. Agora elegeu a maioria apoiada pelo governo Romeu Zema, mesmo não sendo do partido dele, e ele está mais experiente. A turma está mais experiente e eu acredito que ele vai ter uma base mais sólida.

O senhor vai agir diferente na presidência?

Eu sou uma pessoa que todo mundo conhece, eu sou uma pessoa do diálogo. Nós temos que pensar o seguinte: quem ouve mais, acerta mais. A humildade une as pessoas. A arrogância esparrama as pessoas. Se eu assumir a presidência vou fazer tudo para ter um grupo que faça a defesa do Estado. É possível se fazer um trabalho com a Assembleia fortalecida, sem ser submissa, mas parceira, valorizando os parlamentares e ao mesmo tempo dando oportunidade, discutindo e avançando nas pautas mais importantes para população mineira.

Em fevereiro o senhor vai colocar o seu nome para a presidência?

Vou colocar, espero colocar sim. Existem outros interessados também e são pessoas de bem, pessoas que tem toda credencial para isso. Mas eu confesso que da turma que está aí, eu tenho mais mandatos, sou o atual vice-presidente, tivemos a terceira maior votação. Mas isso não é o suficiente para você se eleger . É preciso discutir, conversar, buscar apoio.

 Como é o relacionamento do senhor com o governador?

 É excelente e, também com todos os parlamentares.

Isso pode ajudar senhor?

Não tenha dúvida que ajuda, e muito, porque eu e o governador nós temos algumas coisas muito parecidas. Não temos arrogância, não queremos ser mais do que ninguém e somos pessoas de fácil tratamento. Isso facilita.

O governo tem pautas importantes, que ficaram paradas na Assembleia, como o projeto de Adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. Com o senhor, esses projetos vão avançar?

Todos os projetos que estão parados, nós vamos trabalhar para avançar. Mas ouvindo os parlamentares, o que não significa que tem que avançar da forma como está. Tem que ouvir a base, tem que ouvir os segmentos afetados, e eles envolvem diretamente muitos segmentos, como o servidor público. Então tem que ouvir para não fazer também as coisas de forma açodada ou colocar propostas que depois não passem. Isso cria desgaste. A primeira coisa é buscar um entendimento de todos de forma que os projetos avancem e sejam aprovados. Não adianta ter um projeto que tenha todo o interesse do governo, que seja daquela forma e entrar em pauta e não ser aprovado. O desgaste fica para os dois lados. Sou muito do entendimento de que, se você senta com os deputados que estão na mesa da Casa, com os líderes de blocos, dá oportunidade de conversar, trocar Ideias, avançar em determinadas áreas, recuar em determinadas áreas, você consegue. O que não dá é trazer uma receita pronta e mandar o pessoal fazer aquilo virar realidade. Isso vai criar muito atrito e desgaste para todos e no final não aprova.

O senhor acha que o governo aprendeu a lição?

Eu acredito que ficou tensionado dos dois lados, tanto na Assembleia como no governo. Isso não é bom. Agora é hora de o governo entender que tem hora que você avança, tem hora que você recua e os deputados também têm que pensar assim. Muitas vezes quando você dá um passo atrás, você consegue avançar depois e chegar no objetivo. (Foto reprodução internet) 

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