Enquanto aguarda o anúncio oficial do seu nome para ocupar o Ministério do Turismo, o deputado federal do União Brasil, do Pará, Celso Sabino (foto/reprodução internet), atende a recomendação do partido para não falar mais do que deve. Enquanto isso, vai se posicionando como na votação da reforma tributária, aprovada na Câmara Federal, sem deixar de lado as expectativas de comandar a pasta do turismo, que para ele, pode ser tão importante para o PIB brasileiro como o pré-sal.
A reforma tributária é a ideal?
O ideal, o esperado seria que fosse uma reforma ampla, porque nós temos hoje uma modalidade de tributação mais injusta possível do mundo, que é taxando o consumo. Isso faz com que uma pessoa que receba um salário-mínimo e uma pessoa que tem uma renda mensal de R$ 100 mil pague o mesmo valor de tributos quando compra uma garrafa de refrigerante. É uma justiça muito grande. Como funciona em países com grau de evolução, de desenvolvimento maior do que o nosso? A taxação maior acontece sobre o patrimônio e sobre a renda, enquanto no consumo a taxação é bem maior que é aqui no Brasil. O ideal seria fazer uma reforma ampla. Com uma reforma ampla você pode equalizar o sistema para todos os setores. Defendo que seja realizada uma reforma para o país, contudo, o ideal se busca mais de 40 anos e a gente não conseguiu com isso, buscando o ideal, fazer nenhuma reforma.
Em relação ao Ministério do Turismo?
Tenho uma orientação do meu partido, dos meus colegas deputados de não comentar sobre esse assunto, até a gente tenha alguma coisa realmente oficializada pelo governo. Quem tem a prerrogativa de nomear formar sua equipe o seu time de governo é o governo, é o presidente Lula. Nós estamos no diálogo, com o intuito de que nosso partido possa fazer parte do governo do presidente Lula, mas cabe a prerrogativa ao presidente, ao seu tempo e da forma quando entender melhor, tomar essa decisão.
É uma pasta importante para o União Brasil?
Qualquer país que tem a metade do que o Brasil tem a oferecer, qualquer país do mundo que tivesse a metade do que o Brasil tem a oferecer para os turistas sem dúvida nenhuma é uma pasta de grande relevância. O potencial que o turismo tem para crescer no nosso país, para incrementar sua contribuição com o PIB é gigante, é enorme, maior do que o pré sal. Então, eu tenho certeza que com a pessoa certa, no lugar certo, muito trabalho, muito empenho essa pasta sem dúvida nenhuma terá como merece ter a relevância que ela faz jus.