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Cristiana Gutierrez reúne criadores do cavalo Mangalarga Marchador

Paulo César de Oliveira
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Foram dois anos de espera para que os apaixonados pelos cavalos Mangalarga Marchador espalhados por todo o país pudessem se reunir de novo. A pandemia impediu o encontro nacional que acontecia todos os anos e a troca de experiência e discussão dos problemas do setor vinham acontecendo virtualmente. Mas do dia 18 a 30 de julho, os criadores e admiradores da raça poderão se encontrar na 39ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, no Parque de Exposições da Gameleira. A presidente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), Cristiana Gutierrez (foto), disse que o evento vai reunir mais de 1.600 animais de várias partes do país.

Qual a expectativa em relação ao evento, que é o primeiro presencial depois da pandemia?

Na verdade, esse evento marca o reencontro dos criadores na nacional. Nós ficamos sem ter a feira nacional em 2020 -2021. Tivemos outros eventos a partir do ano passado, mas esse grande encontro aqui no Parque da Gameleira é sim o primeiro. Nós, praticamente completaríamos agora 3 anos agora em julho. Nós estamos na expectativa de um número grande de criadores, usuários e apaixonados pela raça visitando o Parque da Gameleira e, também, os julgamentos. Vamos ter em 1.606 animais para julgamento em pista, que também é um número grande, maior do que nós tivemos anteriormente. A expectativa é que seja um excelente evento. 

É um evento de muitos negócios? 

Nós temos apenas um leilão durante o evento, mas, obviamente, é um momento que nós criadores temos oportunidade de ver o trabalho realizado pelos vários criadores pelo Brasil afora e, realmente, acontece o intercâmbio, a venda de sêmem, a venda de embriões e, às vezes, até mesmo de animais, mas leilões mesmo presenciais ocorrem apenas um, durante a nacional. O mercado cavalo sofreu com a pandemia, como todos os setores, mas a expectativa é boa. Nós tivemos, mesmo durante a pandemia, muitos negócios através de lives. Como no primeiro ano da pandemia, ficamos sem a possibilidade de realizar as exposições e leilões presenciais, fizemos os encontros através de lives, foi uma assim dessa forma que nós nos reinventamos até para o comércio. Então, a expectativa é que a gente siga aí nesse reaquecimento, já que é um momento de intercâmbio.

O Manga Larga Marchador é uma raça originária de Minas, como é o mercado para essa raça? 

A equinocultura é, no Brasil, um segmento importante, o Manga Larga Marchador é uma raça genuinamente mineira, dispersa pelo Brasil inteiro. A raça está presente em todos os estados. Nós temos núcleos de criadores em todos os estados do Brasil. É uma raça que tem um mercado, não apenas do animal de pista, mas do animal de sela, lazer, trabalho. É um cavalo que falamos que é uma raça democrática, no sentido por ter animais de todos os patamares e para várias destinações, enduros, esporte, sela, passeio, trabalho, além, obviamente, das pistas. 

Você é a primeira mulher a presidir a Associação. Como tem sido essa experiência? 

Nós assumimos a gestão no dia 10 de janeiro deste ano. Realmente sou a primeira mulher a exercer o cargo de diretora-presidente. Foram seis meses de muito trabalho, até porque o cenário ainda muito desafiador, instável até para a própria realização desse grande evento, mas tem sido meses de muito trabalho e tem sido gratificante, porque a raça vem crescendo, seguimos crescendo mesmo durante a pandemia e isso é um motivo de alegria para nós que somos apaixonados por essa raça. Crio o Mangalarga Marchador há 32 anos e digo que seria desafiador independente de ser homem ou mulher. É muito trabalho, somos 8 diretores, três de Belo Horizonte e os demais de outros pontos do Brasil, mas nos reunirmos presencialmente na Gameleira mensalmente, nos reunimos virtualmente e é um grande desafio, mas estamos firmes na tarefa de seguir crescendo. 

Quem for no Parque de Exposições da Gameleira vai encontrar o que? 

Nós temos julgamento dos animais em pista do dia 18 ao dia 30, das 7h30 até geralmente até 22h, nós temos uma pista acessória onde ocorrem as provas de esporte diariamente, todas as tartes. Além disso, temos uma programação social com espaço kids, é uma fazendinha. Temos uma área de alimentação grande no Parque da Gameleira para atender todos os gostos, no sentido de da diversidade e, também temos música todos os dias. Não são shows. Nós não temos shows, nós temos música aqui na Alameda dos Núcleos de confraternização. Nós também teremos as palestras todos os dias para o público do agro, veterinários ou tecnicistas e agrônomos. Nós teremos palestras técnicas que acontecem no nosso auditório todos os dias.

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