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Cristiano Parreiras: Setor mineral otimista

A mineração tem uma participação importante no PIB do Brasil e de Minas, mas a expectativa é a de avançar ainda mais com investimentos em pesquisa. Essa é a expectativa do setor em Minas Gerais. Segundo o diretor do Sindiextra e da mineração Morro do Ipê, Cristiano Parreiras (foto/reprodução internet), as conversas do ministro de Minas e Energia, Alexandre da Silveira, com representantes do setor avançaram nesse sentido e espera-se mais ação para a descoberta de novos minerais.     

A mineração é um setor que contribui fortemente com a economia. Quais as perspectivas, após esses quase seis meses de governo Lula?   

O Sindextra, como representantes da indústria da mineração no estado de Minas Gerais, está muito otimista com as novas perspectivas, tendo em vista que nós temos um alinhamento importante com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o advogado de Minas, e com o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira, o único mineiro no ministério. Então nós estamos com uma visão muito positiva tendo em vista os representantes mineiros.  

O setor sempre reclamou da falta de investimentos em pesquisa para se saber o que mais existe no solo. O governo pretende investir nessa área?   

Sim, o ministro Alexandre Silveira está bastante sensível a esse assunto. Nós, inclusive, tivemos oportunidade de levar a ele essa questão em uma reunião realizada na Fiemg. O Brasil, em especial Minas Gerais, tem um subsolo muito rico, porém ainda pouco conhecido.  A necessidade de se facilitar e viabilizar investimentos em pesquisas minerais é fundamental para o desenvolvimento da indústria mineral mineira e brasileira. Um exemplo é o lançamento, pelo governo no estado de Minas Gerais, na Bolsa de Valores Nasdaq, em relação ao Lithium Valley (o Vale do Lítio, projeto que pretende desenvolver cidade, em torno da cadeia produtiva do lítio), que mostra a riqueza e a potencialidade do subsolo mineiro.   

Esses metais são muito importantes para a área tecnológica?   

Minas Gerais tem todo o potencial para liderar a transição energética através da produção de minerais estratégicos como lítio, nióbio e cobre.   

É um estado que tem muito a oferecer, mas é preciso cobrar responsabilidade das empresas. A atuação mudou após esses desastres?   

Sem dúvida, nós vemos hoje no estado de Minas uma mineração muito mais moderna, sustentável. Os novos projetos não utilizam mais barragens de rejeito, as empresas estão investindo em reaproveitamento desses rejeitos e temos uma legislação muito mais vigorosa e órgãos fiscalizadores como a Agência Nacional de Mineração e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente muito mais preparados para a fiscalização das atividades.   

Esse setor está muito ligado ao que acontece no mercado Internacional principalmente China. Como essa questão mundial afeta as exportações?   

O setor mineral é essencialmente exportador. Nós também produzimos minério de ferro e outros bens minerais para o consumo do mercado interno, mas a grande parcela da produção mineral mineira e brasileira é destinada à exportação.  Esse cenário de incerteza em relação a guerra da Ucrânia, a negociação da dívida americana, que está acontecendo agora, nesses dias especificamente, tem trazido muita volatilidade para as commodities de uma forma geral.  Mas estamos otimistas pois a demanda continua aquecida e a procura por bens minerais está cada vez maior, no caso específico do minério de ferro, e vai continuar com os humores mais altos, bastante aquecido. 

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