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Deputado Luiz Fernando: Ação afinada

Mais do que trabalhar em grupo, os governadores do Sul e Sudeste querem formalizar um consórcio, o Cosul, com a aprovação de um Projeto de Lei nos Legislativos estaduais. As bancadas federais dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, juntas tem 254 deputados e 21 senadores, que segundo o coordenador do Cosul, deputado federal mineiro Luiz Fernando (foto/reprodução internet), querem garantir a parte que cabe a essas regiões no orçamento da União e evitar perdas em projetos como o da reforma tributária. e para tanto, é preciso uma ação afinada. Os detalhes deste acordo foram acertados em um encontro dos governadores das duas regiões na sexta e ontem, em Belo Horizonte. 

Qual o principal ponto desse encontro?

O principal é exatamente alinhar os interesses dos estados do Sul/Sudeste, principalmente, com relação à reforma tributária, para que não haja nenhuma perda dos estados do Sul/Sudeste. Como a maioria dos estados é do Norte/ Nordeste, eles é vão querer tirar alguma coisa para eles. Mas o dinheiro do orçamento é finito, ele não é infinito, então, eles vão querer ter alguma coisa da gente pode levar para lá. Por isso, nós temos que nos unir para nos proteger. Esse é o principal objetivo. Nós que geramos 70% da receita nacional, não podemos nos sujeitar a ter perda na reforma tributária. Está tendo um entrosamento muito grande entre as bancadas do Sul e Sudeste com a iniciativa dos governadores de também fazer esse movimento.

Com a força que o presidente da Câmara está demonstrando ter, essa é uma tarefa fácil?

Se tiver união dos estados do Sul e Sudeste, que são estados muito fortes, com a economia muito fortes, que geram muita riqueza e muita renda, eu acho que vamos avançar. É compreensível também na reforma tributária não ter perdas, porque se perder recursos e atrapalhar a economia desses estados vai, consequentemente, trazer danos também para os outros estados que recebem a transferência de renda dessas duas regiões.

Qual é a maior preocupação dos governadores dos governadores?

Não tem um ponto específico da reforma tributária porque ela ainda não saiu. Ninguém teve acesso ainda ao que vai ser votado. Só na hora que tiver essa reforma pronta para votação é que vamos entrar em campo para discutir. Hoje não tem. Hoje está tendo a discussão. É especulação, discussões internas na Câmara, nos bastidores. Não tem uma reforma delineada. O governo não apresentou nenhum texto e nem o relator apresentou um relatório dele.

O imposto único agrada a todos os governadores?

Agrada a todos. Todos querem. Agora, tem que ver a fórmula como vai como vai ser gerido esse imposto único.

As bancadas dos estados estão afinadas?

Estão bem afinadas. Nós já estamos agindo, assim como os governadores que criaram o Cosul, que é o consórcio Sul/Sudeste. Nós criamos as bancadas Sul/Sudeste e já estamos conversando e estamos alinhando os interesses, porque o Executivo tem que caminhar junto com o Legislativo, se não podemos priorizar alguma coisa que não é uma prioridade do Executivo e nós já começamos a ter desentendimento dentro da nossa bancada. Nós estamos é evitando isso. Estamos alinhando os interesses, estamos conversando para caminhar na direção só. Nesse encontro, foi feito um projeto oficializando o Consus, que é o consórcio Sul/ Sudeste, que é um consórcio que será votado em todas as Assembleias nos respectivos estados.

Qual o papel das Assembleias Legislativas nesse processo?

As Assembleias Legislativas têm que referendar esse consórcio. Obviamente, esses interesses estão todos concentrados no executivo e no governo federal, porque esses projetos de interesse dos estados passam pelo governo federal.

Muitas das pautas do Sul e Sudeste também são parecidas com a do Centro-Oeste. Pode ter uma participação desses estados também?

 Não teve ainda a manifestação da nossa parte, nem da parte deles porque, na minha opinião, começa a ter muito conflito de interesse, porque vai crescer muito o grupo e não sei se funciona. Mas também não teve, por parte de nenhum deles, nenhuma manifestação de interesse em participar conosco.

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