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Dificuldade para montar palanques para Ciro Gomes

Ciro Gomes corre o risco de ficar sem um dos principais coordenadores da sua campanha à presidência da República: o deputado federal Mário Heringer (foto). Além disso, pode também ficar sem palanque em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país. Até sexta-feira, Heringer estava negociando um palanque para Ciro com o PSDB. Mas críticas de Ciro contra o pré-candidato do PDT ao governo de Minas, Miguel Corrêa Jr, fizeram com que Heringer renunciasse à presidência do diretório estadual do partido e a sua participação na campanha. Algumas declarações de Miguel Corrêa Jr irritaram Ciro Gomes, como a de que “a vitória de Ciro é ter Lula no governo do Brasil”. Em resposta acusou Miguel de ser ficha suja.           

O que aconteceu para que o senhor deixasse a presidência do PDT?  

Foi uma decisão unilateral. Renunciei porque o Ciro fez um ataque ao Miguel Corrêa e, se ele tivesse algum problema e tivesse me falado, nós poderíamos ter resolvido. Mas ele fez um ataque público ao Miguel e, naturalmente esse ataque refletiu sobre a minha conduta, a minha administração no partido. Era preciso saber se eu estava agindo certo ou errado.  Se alguém julga que eu não tenho competência para estar em uma posição, posição que fiquei por 11 anos, se alguém julga que não tenho competência, eu tenho que ter o discernimento de sair.   Saio e deixo para eles fazerem o que consideram ser o melhor.  Essa foi a minha decisão. Sem mágoa, sem problema. Vou poder cuidar pessoalmente da minha pré-campanha, da minha campanha e, na verdade, o momento é de mudança mesmo. Se o PDT tiver outro nome que ocupe o cargo, fico muito feliz. Vou continuar no PDT. Vou votar no Ciro Gomes, mas não vou me submeter a uma ingerência, sem uma conversa prévia.  

Qual foi o problema do Ciro Gomes com o Miguel Corrêa Jr?  

Ninguém sabe. Eu não sei. Se tivesse conversado com a gente antes, nós teríamos tentado resolver. Sei que tem uma entrevista que Miguel concedeu a uma rádio em Uberlândia, com uma frase muito mal colocada. Ele explicou o sentido, mas a leitura jornalística do que ele falou está perfeita. Ele se desculpou em outras entrevistas e talvez tenha sido isso o estopim. Mas isso é especulação. Eu não sei.   

É esse temperamento do Ciro Gomes que o atrapalha, ir atirando, sem conversar antes?  

Isso é você que está falando, mas gosto muito do projeto nacional de desenvolvimento. É a melhor opção e quem defender esse projeto, e é ele que defende. Não tenho ídolos. O Lula não seria meu ídolo, o Bolsonaro não seria meu ídolo e o Ciro não seria meu ídolo. A minha escolha sempre foi a de quem pudesse oferecer melhores condições de administração e de governança para o Brasil. Fico muito confortável, porque não quero atrapalhá-lo. Já que não estou da maneira que eles acham que deveria ser, preferi sair para não atrapalhar.  

O senhor estava negociando, inclusive, um palanque para Ciro Gomes em Minas com o PSDB. A conversa para aí?  

Na verdade, isso foi o início de uma conversa, que não rendeu mais porque eu saí dessa conversa. Volto para a planície.  

O senhor conversou com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e com o Ciro Gomes?  

Eu mandei uma mensagem de WhatsApp para o Lupi dizendo da minha renúncia. Preferi me isolar e não falar com o Lupi e com o Ciro com o sangue quente. O bom conselho diz que não se deve fazer nenhuma ação de cabeça quente. Tenho eventos em Manhumirim, em São João do Manhuaçu, Faria Lemos, Carangola. Vou cuidar da minha pré-campanha. Se na segunda ou terça-feira tiver que conversar, nós vamos conversar, sem pressa. (Foto reprodução internet)   

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