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Durval se pergunta se vale a pena oferecer muito ao MDB

Paulo César de Oliveira
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O PT e o governador Fernando Pimentel trabalham até terça-feira para conter a insatisfação da base de sustentação do governo na Assembleia Legislativa, em especial do MDB. A apresentação do impeachment do governador foi uma espécie de recado para retomar as negociações visando a composição da chapa de reeleição de Pimentel, com a participação do MDB e o atendimento de demandas, que vão desde a liberação de emendas parlamentares a vaga no Tribunal de Contas do Estado. O MDB não quer a ex-presidente Dilma disputando o Senado. Mas isso não está em discussão, segundo o líder do governo, deputado Durval Ângelo(foto). Ele garante que Dilma estará na disputa e que o PT pode negociar uma vaga ao Senado e a vice, na chapa encabeçada por Pimentel. Nesse meio tempo, o MDB ameaça com lançamento de candidatura própria ao governo de Minas. No meio desse imbróglio, Durval Ângelo acredita que até terça-feira estará tudo esclarecido, quando Adalclever Lopes definir se dará continuidade ao processo de impeachment ou se irá rejeitar o pedido.

 

O acerto do PT com o MDB para garantir o apoio do partido implica na vaga de vice-governador, as duas no Senado e o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas?

As duas vagas no Senado, ele (o governador Fernando Pimentel) não pode oferecer, porque uma é da ex-presidenta Dilma Rousseff. Ele pode oferecer o cargo de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado, a vice e a outra vaga para o Senado. Agora, será que merece oferecer tantas vagas assim?

 

A conversa é a de que a ex-presidente Dilma Rousseff não participaria da disputa?

A ex-presidenta Dilma participa, ela é candidata e ponto final. Quem falar o contrário está mentindo. Para compor a chapa, oferecer a vaga de vice-governador e uma vaga no Senado, está em sendo discutido internamente no partido. Acredito que o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, seria aceito, com toda certeza para ocupar uma das vagas. O cargo no Tribunal de Contas é uma escolha do governador Fernando Pimentel e, nesse caso, ele negocia como quiser.

 

Como estão os ânimos na Assembleia Legislativa entre as bancadas do PT e do MDB?

Está tudo paralisado até terça-feira. Está tudo em paz até terça-feira. Eu tenho conversado com os deputados e está tudo em paz. Mas não temos como antecipar o que vai acontecer (em relação a condução do impeachment do governador Fernando Pimentel) porque esta é uma decisão pessoal do presidente Adalclever Lopes.

 

O governador esperava que a insatisfação dos deputados do MDB fosse chegar a esse ponto, com a apresentação do impeachment do governador? Foi uma provocação?

Foi uma surpresa, mas isso se resolve. Não sei se foi uma provocação e isso nem o presidente Adalclever Lopes, nem o governador Fernando Pimentel podem responder. Quem tem que responder é o deputado Lafaiete Andrade. A responsabilidade do que está acontecendo é do Lafaiete.

 

A falta de dinheiro do governo tem sido um problema para manter a sua base de sustentação. As reclamações são de falta de liberação das emendas parlamentares, da falta de atendimento das demandas nas secretarias?

Essa reclamação existe, mas nós vamos resolver nos próximos meses.

 

Antes das eleições?

Antes das eleições nós vamos resolver todas essas demandas. Estou muito otimista de que nós vamos resolver tudo isso antes das eleições.

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