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Blog do PCO

Em busca de um novo mandato

Novato na política, o governador Romeu Zema (foto) vai buscar o seu segundo mandato corrigindo alguns problemas que teve nesses três anos e meio, principalmente no diálogo com o legislativo estadual. Com o seu nome referendado ontem na convenção do Novo, Romeu Zema, ao contrário da sua primeira eleição, quando disputou com chapa pura, dessa vez, buscou o apoio de outras legendas para construir uma aliança, que, se for referendada nas urnas, pode levá-lo a um novo relacionamento com o Legislativo. Mas é o ex-secretário Mateus Simões é quem deve integrar a chapa. Mas para um segundo mandato, Romeu Zema tem em mente o que precisa fazer por Minas Gerais.

O senhor assumiu o governo com a situação fiscal do Estado muito complicada. Como que o senhor entrou e como que o senhor vai deixar o Estado, nesse seu primeiro mandato?

Se meu mandato terminasse hoje, diria que eu sairia satisfeito, porque estou entregando um Estado muito, muito, mais muito diferente, daquele que eu recebi. Recebi um Estado que não pagava a folha de pagamento em dia, hoje essa folha é paga. Um Estado que não quitava o 13º salário pontualmente. Peguei o 13º atrasado em 10 vezes. Quando terminei a última parcela, já estava chegando a seguinte. Peguei um Estado que não respeitava o funcionalismo público, não só nessas duas questões, mas também na questão do empréstimo consignado, que descontava e não pagava os bancos. Mais de dois mil servidores tiveram seus nomes inscritos no SPC e Serasa. Um Estado que não pagava hospitais, laboratórios e clínicas e, consequentemente, quem depende do IPSEMG não tinha acesso a nada. Encontrei pessoas desesperadas na rua, que diziam “tenho 80 anos sou aposentada pelo Estado e não consigo fazer uma consulta”. Isso faz parte do passado. Tivemos aqui um governo desastroso do Pimentel, PT, que destruiu Minas Gerais. E nós, além de colocarmos tudo isso em dia, beneficiando o funcionalismo público, demos um reajuste de 10% geral para todas as categorias, neste ano, e pagamos a primeira dívida com as prefeituras R$ 7 bilhões, o que possibilitou a muitos prefeitos levarem adiante diversos investimentos. Onde eu visito, vejo prefeito fazendo estrada no campo, vejo o prefeito reformando um posto de saúde, reformando escolas municipais. No passado, o que nós tínhamos era prefeitos doentes, renunciando e suicidando. O pagamento dessa dívida ajudou muitos prefeitos, que passaram a ver um governo sério novamente. Antes, o que existia, era prefeito fazendo manifestação. Hoje, o que se vê é prefeito apoiando o governo do Estado. Nós voltamos a trabalhar em colaboração e não em antagonismo como existia.

Agora, com a experiência no governo, qual é o tamanho ideal do Estado?

O Estado sempre tem o seu papel. Ele tem de fazer a segurança, tem de educar as pessoas, tem de oferecer saúde adequada, precisa fornecer infraestrutura onde a iniciativa privada não faz. Agora, o que nós precisamos é fazer o Estado ficar mais eficiente e para isso não há limite. É o Estado ficar mais produtivo. Tem gente que fala “não, o estado não precisa ser eficiente, não precisa ser produtivo”. Aí eu pergunto: o que que é melhor um médico que atende 10 pessoas por dia ou um que atende 20. O que é melhor uma vaca que produz 10 litros por dia ou uma que produz 20. Qual que está salvando mais vidas? Qual está alimentando mais? Eficiência faz parte de uma boa gestão e nós temos levado isso a sério. No meu entender, o Estado de Minas talvez não precise é continuar contratando, aumentando os seus quadros, mas qualificando mais. Fazendo mais uso de tecnologia, de equipamentos. Nós estamos levando agora a digitalização da comunicação da Polícia Militar, melhorando o armamento. Tem hora que se resolve a questão com mais pessoas. Tem hora que se resolve a questão usando melhor os recursos que se tem. Às vezes, para fazer uma comida melhor, não é mais um cozinheiro que vai provocar isso, é o seu cozinheiro ser mais bem treinado, é ele ter mais recursos para fazer a comida melhor. É uma questão de ir equilibrando.

Se reeleito, o que o senhor está planejando para os próximos quatro anos?

O que nós mais queremos é oportunidade de empregos, é dignidade para os mineiros. Nesses três anos e meio de governo, nós criamos mais de meio milhão de empregos com carteira assinada, de acordo com o Caged, do Ministério do Trabalho. Se nós continuarmos nessa linha, atraindo tantos investimentos como temos conseguido, com mais de R$ 236 bilhões de investimentos privados, daqui a 2 anos, nós vamos poder falar que aqui em Minas Gerais só não trabalha quem não quer, porque a quantidade de vagas será suficiente para todos. Isso não tem sido fruto de uma ação isolada. Para ter desenvolvimento é preciso ter estradas e estamos recuperando as estradas. É preciso ter um ambiente propício e temos simplificado, desburocratizado, agilizado todos aqueles procedimentos que dependem do Estado. Precisamos ter uma segurança pública adequada e já somos o Estado mais seguro do Brasil e queremos mais ainda. Precisamos, principalmente, de ter pessoas capacitadas e para isso, lançamos no nosso governo, no ano passado, talvez o maior programa do Brasil de formação profissional, que é o Trilhas do Futuro. Nesse momento, aqui em Minas Gerais, 115 mil pessoas estão fazendo cursos técnicos, com 2 anos de duração, com auxílio alimentação, auxílio transporte, em escola particular. São pessoas que daqui a um ano, dois anos, estarão se formando em técnicos de radiologia, técnicos em automação industrial, técnicos em manutenção de máquinas agrícolas para poder trabalhar nessa quantidade de empresas que estão chegando aqui em Minas Gerais. O estado está trazendo as empresas, está qualificando as pessoas, está montando uma infraestrutura. (Foto reprodução internet)

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