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Eric Braz Tambasco: O mercado de automóveis em compasso de espera

Quando se fala em Grupo Líder, o que todos pensam é o sucesso que foi construído nos últimos 64 anos, com o patriarca da família José Braz. Com concessionárias em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e, mais recentemente, no Paraná, esse sucesso vem da dedicação e da visão empresarial que é a marca do Grupo, que avança, apesar dos atropelos da economia e das muitas crises econômicas e políticas. O diretor executivo do Grupo, Eric Braz Tambasco (foto), fala desse novo momento na economia e das expectativas com a possibilidade de adoção do imposto único.    

O mercado hoje, com a mudança de governo, está sendo melhor para o setor?   

Acho que ainda está um pouco cedo para esta análise.  O mercado não está bom como gostaríamos que estivesse. Os preços, no geral, subiram muito nos últimos anos, todos sabem disso, e com automóveis não foi diferente. Uma questão que impacta muito o nosso negócio é a taxa de juros. Com a taxa alta nesse nível atual, o financiamento de automóvel encarece muito e acaba diminuindo e filtrando um pouco parcelas da população que podem, realmente, comprar o seu carro 0 km ou até mesmo um seminovo que, da mesma forma, sofre com juros altos.  Nós ficamos um pouco apreensivos, um pouco ansiosos com essa mudança do governo. Neste momento as bases e as condições não estão tão favoráveis assim para já acontecer mudanças, mas esperamos que elas aconteçam muito em breve, para que o dinheiro circule na economia do país, volte a circular da forma melhor na economia do país, e que mais pessoas possam entrar no mercado, possam ter condições de comprar o seu primeiro carro zero e depois trocar.  Para se ter uma ideia em 2012, que foi o melhor o maior ano de emplacamento no Brasil, foram emplacados 3,6 milhões carros. Em 2021 em 2022 esse número foi aproximadamente de 2 milhões. Há previsão de crescimento neste ano sim, em torno de 5%. Torcemos para que as coisas melhorem e o ano termine melhor do que está começando.    

O governo Lula sempre prestigiou o setor de automotivo. Há alguma expectativa nesse sentido?   

Sinceramente, nós não trabalhamos com nenhuma expectativa que uma mudança aconteça em termos de impostos. Nós torcemos para que uma reforma tributária que, se Deus quiser, deve sair, contribua para que a cadeia, todo o mercado, fique mais competitivo e mais favorável para o consumidor 

A carga tributária agrada o setor?   

Com certeza todo o rearranjo da carga tributária, pelo menos até onde tenho lido e ouvido falar, não prevê diminuição de tributos.  A previsão é de, talvez, um rearranjo para facilitar as coisas, porque no Brasil é muito complicado ser empresários ser investidor é, muito burocrático.  O custo Brasil é muito alto para todas as empresas. Se automaticamente isso melhorar, as nossas empresas estarão mais competitivas também no mercado. Agora, não acredito mesmo em mudança de imposto para baratear o carro e outros produtos.    

O Grupo Líder não atua só em Minas. Está presente também em outros estados. Como está a atuação nesses estados?   

 Somos mineiros de Muriaé. A base do Grupo, a base da família, é o interior de Minas, Muriaé. Depois houve uma expansão para Rio de Janeiro e para Espírito Santo, onde atuamos durante os últimos anos. No ano passado nós fomos para o Paraná.  Nós adquirimos três concessionárias da marca Toyota, sendo duas em Curitiba e uma em Paranaguá.  Foi a expansão do Grupo para fora daqueles três estados em que nós já estávamos realmente bem acostumados a trabalhar. Está sendo uma experiência muito, muito positiva.  Quem sabe daqui para frente a gente pode dar outros passos nesse sentido.    

Tem algum estado que está melhor, que está vendendo mais?   

Nós estamos muito presentes nos três estados.  Nos principais, Minas e Espírito Santo, as vendas são bem equilibradas, em termos de faturamento também. Temos uma presença muito forte nas capitais, mas também no interior dos estados.  Essa capilaridade do Grupo é uma grande vantagem e acabamos ficando mais próximos dos nossos clientes, com operações pequenas, enxutas, mas ocupando os espaços.  Essa é a grande vantagem e um grande diferencial competitivo do grupo. (Foto/reprodução internet)

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