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Infraestrutura deficiente prejudica agronegócio de Minas

Paulo César de Oliveira
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O agronegócio sempre teve um papel importante na economia mineira. Com a crise no setor minerário, a agricultura tem ajudado a manter a arrecadação do Estado. Mas muito ainda precisa ser feito, principalmente na área de infraestrutura, que é muito deficitária no estado, segundo a secretária de Estado da Agricultura, Ana Maria Valentin (foto). Ela credita que nessas parcerias que o governo tem feito com a China e com países árabes, essa questão possa ser equacionada. Quando assumiu a pasta a convite do governador Romeu Zema, Ana Valentin também precisou colocar a casa em ordem antes de avançar com os projetos desenvolvidos pela secretaria. Com a Casa em ordem, está otimista com as conversas, principalmente com os chineses. Os produtores de aves e carnes estão impulsionando as exportações e os chineses estão interessados na soja e no açúcar produzidos no Estado. Nos últimos dez anos, a China saiu do sétimo para o primeiro lugar no ranking de países importadores de produtos do agronegócio mineiro.

 

O governador Romeu Zema tem grandes expectativas em relação a agricultura. O cenário está melhorando?

Nós temos uma agricultura muito pujante no Estado. Estamos com muitos projetos para desburocratizar e simplificar os processos, incentivar as linhas de produção, principalmente com programas de certificação e, também, estamos buscando incentivos para a pesquisa, para que a agricultura possa avançar cada vez mais. Nos últimos 20 anos a nossa pesquisa agropecuária foi um pouco relegada e isso traz prejuízo para todo o setor. Nós estamos com produtos que estão chamando a atenção do país e do mundo por serem de excelente qualidade, queijos de excelente qualidade ganhando prêmios, e isso traz renda para os produtores, principalmente para os pequenos. Nós estamos com essa política de incentivar muito a agricultura familiar no estado.

 

A ministra da Agricultura Tereza Cristina tem avançado nas negociações com o mercado externo. Essa atuação tem sido importante para o agronegócio mineiro?

Com certeza. Nós conseguimos habilitar laticínios para exportar queijo para a China, para os países do Oriente, e isso também vai gerar mais emprego para o nosso estado. Essas políticas de abertura comercial também afetam a nossa produção, os setores de aves e suínos, que também estão iniciando com as exportações.

 

Um dos problemas do estado é a dificuldade de escoamento da produção. Onde buscar os recursos para melhorar a infraestrutura? Esses recursos que a China e os países árabes têm direcionado para o Brasil pode ser uma alternativa?

Nós temos uma infraestrutura muito deficitária no estado, não só de rodovias e ferrovias, mas também de armazéns, de energia elétrica, que tem travado muito o nosso desenvolvimento. Estamos muito esperançosos de que nós vamos conseguir recursos para poder investir nessa área para trazer mais eficiência para o setor produtivo.

 

Com esse acordo comercial com a China, a senhora teme uma invasão chinesa?

Acho que o mundo caminha para o fim das fronteiras. Nós somos um estado com vocação agrícola muito importante. O país também tem a mesma vocação e eles querem comprar comida. Nós temos que aproveitar esse momento.

 

Com 2019 encerrado, como tem sido esse trabalho à frente da Secretaria da Agricultura?

Tem sido um grande desafio. No começo ficamos muito envolvidos com a reestruturação da Secretaria, porque nós absorvemos também a Secretaria de Desenvolvimento Agrário e agora tenho a esperança que os processos sejam mais rápidos em todos os setores da Secretaria, uma vez que estamos estruturados para caminhar.

 

 

 

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