Considerado responsável pela vacinação em massa dos brasileiros com a vacina contra a Covid-19, quando havia uma forte resistência no governo federal em aderir a vacinação, o ex-governador de São Paulo, João Doria (foto), conseguiu romper essa resistência. A pandemia, que assustou e isolou os brasileiros e todo o planeta, não é mais tão assustadora, apesar de continuar preocupando. Desse processo, o nome de Doria foi alçado imediatamente a condição de candidato à presidência da República. O que lhe rendeu ataques de todos os seus adversários, inclusive dentro do seu próprio partido, o PSDB. Cansado desses ataques, Doria acabou se rendendo e desistiu da disputa, mas seu discurso em favor da democracia, permanece firme e forte.
Debates e fóruns como o Conexão Empresarial são importantes em um momento como esse no país?
O contato nesse momento ajuda a formar decisões e aquilo que defino como o campo de proteção democrático. O Brasil precisa proteger a sua democracia e eu tenho certeza que aqui em Minas, todos saberão defender a liberdade e a democracia. Esse é o sentimento de Minas. Essa história de Minas e essa história mineira depois permeou por todo o Brasil. Não se pode ter liberdade sem o respeito à democracia. Não pode haver democracia sem respeito à liberdade. Este é um grande ensinamento de Minas.
Surgiram muitos movimentos, cartas, documentos em defesa da democracia. A democracia no país está em risco?
A democracia está sendo ameaçada e isso é claro. Manifestações feitas ao longo dos últimos meses, mostram claramente essa intenção. Primeiro, contestar as urnas eletrônicas em um país que há 25 anos elege os seus mandatários, seus prefeitos, vereadores, governadores, presidente da República, deputados federais, senadores, deputados estaduais é um absurdo. Como é que você vai contestar um processo eleitoral, que ao longo de 25 anos permitiu eleições limpas, claras, transparentes que inclusive foram submetidas a auditagem? Isso é confrontar a democracia. Isso é atentar contra o resultado antecipadamente da democracia pelo voto. Nós temos que confiar no voto. O voto eletrônico, ele é seguro e aquilo que a população decidir, não importa se ela decidiu mais à esquerda, mais ao centro ou mais à direita, há que se respeitar a democracia é o respeito à liberdade de decisão de cada um na digitação e na manifestação do seu voto.
O senhor já decidiu em quem vai votar?
Meu voto é Rodrigo Garcia governador de São Paulo.