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Othon Villefort Maia: mudanças em Nova Lima

Paulo César de Oliveira
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Um projeto promete mudar a estrutura urbana da cidade de Nova Lima. A AngloGold Ashant, em parceria com a construtora Concreto e com apoio da prefeitura pretende transformar a área onde funcionava a Mina de Morro Velho em um espaço de lazer, cultura, comércio e moradia. O diretor de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da AngloGold, Othon Villefort Maia (foto/reprodução internet), disse que o projeto aguarda a licença ambiental pata avançar. 

O que se pretende com o Projeto Nova Vila, promovido pela AngloGlold Ashant?

Nós temos duas minas da empresa, que são históricas, localizadas em Nova Lima: a Mina Grande e a Mina Velha. São minas que os ingleses desenvolveram originalmente. Naquela época, a Anglo Gold se chamava Mining Company e São João del Rey Mining Company se tornou depois a mineração Morro Velho, que se tornou depois a AngloGold. Essas minas operaram do século XIX e iniciou-se o processo de paralisação a partir de 1996. Em 2003foi concluída a paralisação das duas minas e, desde então, iniciou-se um processo de fechamento dessas Minas. Uma vez que se conclui o fechamento, nos entramos numa segunda fase que chamamos de uso futuro. Uma vez que paralisamos e concluímos o fechamento do ponto de vista ambiental e minerário, qual que é a potencial utilização dessa área? É uma área de 260mil m², em uma região nobre em Nova Lima, muito central, até porque a cidade se desenvolveu a partir das próprias minas, e hoje essa é uma área que está murada. Entre várias possibilidades em estudos e diagnósticos ao longo de todos esses anos, chegamos agora a um projeto que chamamos de Nova Vila. O projeto é em parceria com a construtora Concreto e com apoio da prefeitura de Nova Lima para utilização de toda essa área de uma forma integrada. Falamos que é uma devolução dessa área à cidade. Os muros que hoje separam essa área do centro de Nova Lima acabam dentro dessa área serão desenvolvidos vários projetos de diferentes formas de utilização.

Como por exemplo? 

Tem a área comercial, a área para empresas, centro corporativo, para residências, mas muitas áreas abertas, muitas áreas de preservação e também áreas de valorização histórico-cultural. São em torno de 20 mil m² de estruturas históricas que estão sendo reformadas e vão ser restauradas. 25% da área é de preservação ambiental, então é uma área também com muito espaço aberto, com parque linear. A área é cruzada por um córrego que permite esse usufruto da população. Quem conhece o centro de Nova Lima sabe que a cidade carece, às vezes, de espaços abertos amplos, como o que pode ser disponibilizado por meio do projeto. Esses 25% são de áreas protegidas, incluindo um bioma tão importante quanto a Mata Atlântica. O projeto envolve também uma solução de mobilidade para o centro de Nova Lima, que é uma nova avenida de ligação que sairia ali da região da Rodoviária até a praça do Mineiro, ajudando a desafogar o trânsito da região central, um ponto importante do projeto, além de toda transformação, toda a valorização histórico cultural de uma área que tem um simbolismo muito importante para a mineração, para a cidade, para estado de um modo geral e um conceito que chamamos de museu de território, que é a valorização dos espaços dentro de outros significados, mas também pelos aspectos histórico culturais.Na região que chamamos da “boca da mina”, onde era a entrada para a mina do subsolo, existe todo um complexo histórico cultural que está sendo planejado para ser desenvolvido, com os acervos do museu, que a empresa já tem disponibilizado ao público, para vivenciar como foi a mineração desde aquela época até os dias atuais. 

Será aproveitada toda a estrutura da mina, além da parte ambiental para entregar para a população? 

Isso! É como se estivesse sendo desenvolvido um novo bairro, porque é uma área que hoje está toda murada e fechada e ela é reintegrada à cidade, provavelmente vai ter a parte residencial, os prédios que são fechados nele mesmo, mas todo o restante da área é uma área de circulação. Tem a parte histórica cultural, a parte de comércio, de serviços. São 19 galpões que estão sendo restaurados nesse processo, além de muita área também ampla, que vai ser área de circulação para as pessoas que quiserem fazer piquenique e aproveitar o gramado, ou seja o que for. Éuma área plana, que permite essa circulação de um modo bem diferenciado em Nova Lima, que é uma cidade muito íngreme e muitas vezes com um urbanismo com ruas muito fechadas. 

Ficará a cargo da Concreto fazer o projeto de moradia de shopping, de fazer essa estrutura? 

Isso! A Anglo Gold entra como a dona das estruturas e do terreno, a Concreto é empresa de engenharia que vai executar todos os núcleos que compõem o projeto, de edificações e de restaurações e a prefeitura é apoio institucional ao que está sendo desenvolvido. 

Qual o valor estimado desse projeto? 

No protocolo de intenções que assinamos com o Governo do Estado, que tem uma metodologia própria de avaliação do investimento, que que inclui o próprio valor do terreno, do metro quadrado de toda área, que é uma área grande, das restaurações envolvidas e tudo mais, está sendo avaliado em torno de R$ 300 milhões como investimento. Nós estamos nos processos de licenciamento para desenvolvimento do projeto. É um projeto que envolve um fechamento minerário, todas as questões ambientais envolvidas também, para que possam permitir esse uso futuro. A nossa expectativa é de que no primeiro trimestre do ano que vem já seja possível iniciar a parte das obras do projeto. Ela começaria justamente por essa avenida de ligação, que seria a primeira fase, e precisamos da parte de licenciamento do projeto para avançar.

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