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Ronaldo Caiado: “repetirei JK e anistiarei todos os envolvidos em 8 de janeiro”

Paulo César de Oliveira
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Ronaldo Caiado

Desde que colocou seu nome para a disputa à presidência da República em 2026 pelo União Brasil, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (foto/Tião Mourão), tem viajado pelo país apresentando suas ideias e como transformou Goiás em um estado seguro, com a criminalidade reduzida e que tem atraído empresas de várias regiões do país. Com a sua gestão como principal cartão de visitas, Caiado também se apresenta como um nome que defende algumas bandeiras da direita, como a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Governador, diz o folclore político que, quem ganha em Minas, sobe a rampa do Palácio do Planalto. Como que o senhor vai trabalhar Minas Gerais nessa campanha? 

E é a verdade. Meu avô, que foi senador da República, por muito tempo dizia que a política começa por Minas Gerais. E agora vem mais essa máxima, que eu acredito que isso é uma realidade: quem ganha em Minas, ganha a presidência da República. E é exatamente o trabalho que eu vou fazer intensamente para poder aqui, ter a chance real de chegar ao segundo turno e poder governar o país.

Vivemos um momento especialmente delicado, com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O que o senhor está achando desse processo todo?

 É um momento delicado e mais uma vez nós vamos aqui resgatar história de um presidente mineiro, Juscelino Kubitschek, que também viveu situações semelhantes e soube com muito equilíbrio como estadista que sempre foi pacificar o Brasil, anistiar e ser a maior liderança política que esse país já assistiu. Então, o momento hoje é um momento delicado da política nacional. Haverá o julgamento. As definições, cada um tem a sua responsabilidade. Eu as dividirei com todos os eleitores brasileiros, dizendo com toda a clareza, chegando ao governo, que vou repetir o gesto de Juscelino Kubitschek, anistiarei todos de 8 de janeiro e vou produzir a paz e trabalhar para o desenvolvimento do nosso país.

Isso significa que vai ser uma eleição ainda mais conturbada, mais acirrada. Como se preparar para 2026 nesse clima?

 É uma eleição em que você tem de colocar tudo para que a população saiba. Toda eleição ela é acirrada, até porque é um verdadeiro plebiscito daquilo que você vai definir como pauta e metas de governo, não é? E cada governo tem um plano, tem uma meta. Você não pode ser surpreendido entre aquilo que o candidato deixa de falar e depois faz no cumprimento do mandato. Então, a eleição, ela é também um fato quase que plebiscitário, você coloca quais são suas teses, você coloca suas convicções e se você chega à presidência da República, você está alicerçado no voto popular. 

 Com direita pulverizada, com várias candidaturas, o senhor acha que fica mais difícil se chegar a um segundo turno?

Olha, eu sei bem matemática, eu acho que conheço também um pouco de política. Por isso acho que a concentração de um candidato nas mãos de um governo inescrupuloso, que não tem o menor respeito à prática republicana e que utiliza a máquina do governo de forma a poder destruir os seus adversários, criando narrativas, fazendo todo tipo de perseguição para desestruturar os estados, ou o estado ao qual ele pode representar nessa unificação, ficaria muito mais fácil para ele, com 14 meses, poder ter essa capacidade de destruição de uma candidatura. Com quatro pré-candidatos, todos nós teremos o nosso eleitorado e aquele que chega ao segundo turno… qualquer analista político minimamente conhecedor da política brasileira sabe que nos outros 21 dias do segundo turno, nós teremos uma migração para aquele que for ungido a ganhar a presidência da República. 

O senhor tem se aproximado muito dos governadores do Cosude (Consórcio de governadores do Sul e Sudeste), onde estão os outros pré-candidatos à presidência. Esse grupo vai sair unido, com uma plataforma parecida? Existe algum acordo?

 Não, cada um tem o seu estilo. Você não pode engessar o estilo político da pessoa. Tanto eu como o Tarcísio, o Ratinho ou o Zema, todos nós temos nossas características, cada um tem as suas prioridades. Existem pontos de convergência que são do ponto de vista ideológico, administrativo, equilíbrio fiscal, resgate da condição de governabilidade. Tudo isso faz parte do nosso pensamento, embora as prioridades, é cada um que elege. 

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