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Andar, este é o caminho para quem quer atravessar logo o inferno

“Se estiver atravessando o inferno, continue andando”, ensinou Wilson Churchill, herói inglês que conduziu seu povo durante a Segunda Guerra Mundial. Pois é, estamos atravessando o inferno com duas crises: uma sanitária, outra econômica, que provocarão estragos ainda impossíveis de serem calculados. E precisamos continuar andando. Rapidamente para salvar as milhões de vítimas potenciais do novo coronavírus e as incontáveis vítimas, talvez bilhões, de uma crise econômica que sabemos como está começando, mas, nem de longe calculamos como poderá evoluir. Mas o certo é que não podemos parar. Não parar não significa produzir, vender, prestar serviços ou outras atividades do dia a dia da economia. Mais do que nunca precisamos mudar o mundo. Caminhar por dentro do inferno na busca de um mundo mais igual, sem tantas disparidades, sem tantas injustiças. Não, não é coisa de lunático, de sonhador. Se não for assim, não vamos colocar o mundo nos trilhos, após esta recessão que está aí, que não é mais apenas uma possível consequência de uma crise sanitária. O mundo, já admitem os técnicos das organizações internacionais, vive uma recessão que tende a se aprofundar quanto mais grave for a crise do novo coronavírus. No Brasil, façam o favor de esquecer os discursos ufanistas. A recessão, asseguram os economistas não alinhados, já estava totalmente desenhada antes mesmo do recrudescimento da crise do coronavírus. Fruto da política econômica do governo Bolsonaro, a recessão brasileira apenas ganhou proporções mais alarmantes diante da crise econômica mundial. E de nada adiantará exacerbar o radicalismo político de lado a lado – com mais virulência da turma do governo. De nada adiantará parar no meio da travessia do inferno para discutirmos quem é o culpado, quem fez mais rachadinhas. É preciso caminhar. Atravessar o mais rapidamente possível este inferno e construir um novo país, fruto não de unanimidades, que isto é impossível, mas de consenso.

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