O jovem de 20 anos que atirou no ex-presidente Donald Trump (foto/reprodução internet) usou a arma – um fuzil de guerra, com mira telescópica – comprada pelo pai dele. Enquanto a sociedade dita civilizada e democrática não entender a urgência da proibição da venda indiscriminada de armas e munições, cenas de sangue como a de Trump vão se repetir mundo afora. O próprio Trump é defensor intransigente da venda livre de armamentos à população civil. Biden é contra, mas o Partido Democrata, na sua maioria, trabalha a favor da indústria de armas, grande financiadora das campanhas eleitorais. No Brasil, já ocorreram inúmeros casos de jovens que assassinaram com armas de seus pais. Na Câmara dos Deputados a “bancada da bala”, defende a indústria brasileira de armas.
Trunfo eleitoral
A imagem de Donald Trump, com sangue e punhos cerrados em meio a um cenário de céu azul e bandeira americana, rapidamente se transformou em um símbolo dos Republicanos. Essa ocorrência parece ter modificado de forma essencial o panorama político a favor de Trump nas eleições de novembro. Ele não apenas resistiu ao tiro que passou de raspão por sua orelha, mas sua narrativa de estar sendo perseguido ao longo dos anos pareceu ser reforçada. Por outro lado, os democratas ainda precisam determinar quem enfrentará, ou perderá, para Trump nas eleições. No Brasil, aliados do presidente Lula temem que o atentado a Donald Trump, reforce o discurso de que há perseguição contra a direita no mundo e fortaleça o ex-presidente Jair Bolsonaro, atacado com uma facada na campanha presidencial de 2018. Governistas também avaliam que o caso tende a aumentar a pressão contra o democrata Joe Biden e aproximar o candidato republicano da vitória nas eleições dos Estados Unidos.