Era assim que o lendário Ibrahim Sued anunciava sua principal manchete do dia. Especula-se que está em curso uma mudança na Constituição Federal de 1988, que alteraria a composição do Supremo Tribunal Federal. Revisitando um conceito da carta de 1891, previsto no Art. 58, § 2º, quando era possível ao presidente da República designar, dentre os membros do Supremo Tribunal Federal, o procurador-Geral da República, cujas atribuições se definirão em lei. O que se quer agora, e com todas as letras, é que o procurador-Geral da República seja escolhido dentre os ministros do Supremo. Isso, de fato, pode até dar mais independência ao procurador-geral, tirando a cisma permanente de que o chefe do parquet é cordato com o Executivo, pois sempre está a vislumbrar uma nomeação ao Supremo. Para que isso aconteça é necessário aumentar de 11 para 12 o número de cadeiras na Suprema Corte. O ministro do Supremo que viesse a assumir a PGR (provavelmente por rodízio), não participaria do colegiado. Assim mantém-se inalterado o formato de 11 julgadores. O escolhido para essa vaga (se for fato o boato da PEC que está em construção) já seria até conhecido: o atual procurador-geral, Augusto Aras (foto). A propósito, vocês se lembram de que Bolsonaro, há alguns meses, sugeriu que haveria uma terceira vaga no Supremo?