A ministra Cármen Lúcia (foto) criticou a banalização da Justiça ao negar o pedido de um subprocurador-geral da República para que seus assessores tenham vagas reservadas, para estacionar seus carros, nas garagens da Procuradoria-Geral da República. Na decisão, Cármen se irritou com o que chamou de “miudeza da questão” apresentada ao Supremo. Segundo a ministra, “é estranha a pequeneza da discussão em um país angustiado por problemas essenciais da vida pessoal e social dos cidadãos”. Para ela, a questão posta nos autos não tem, na forma nem na matéria, substância ou importância significativa a permitir que se acione o órgão de cúpula do Poder Judiciário, assoberbado por questões de gravidade nacional. O subprocurador, como se vê, não sabe diferenciar um assunto sério de um caso banal.